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RX, o Lexus mais vendido do mundo, ganha versão plug-in no Brasil


 

SUV da divisão premium da Toyota tem cinco anos de garantia, entrega sofisticação e roda quase 60 km em modo elétrico

  • Antônio Meira Jr.

Publicado em 27/09/2024 às 14:00:39
O RX é o maior modelo da Lexus no Brasil e ganhou uma versão plug-in, a 450h+. Crédito: Antônio Meira Jr.

Criada há 35 anos, a Lexus tem uma presença tímida no mercado brasileiro, enquanto nos Estados Unidos a divisão de veículos premium da Toyota apresenta resultados expressivos. No ano passado, a marca contabilizou 320.249 unidades vendidas.

Esse volume a coloca à frente da outras segmentações de luxo de fabricantes tradicionais como Acura (Honda), Cadillac (GM), Genesis (Hyundai) e Infiniti (Nissan). Além disso, a Lexus tem nos EUA resultados superiores aos de montadoras europeias como Audi, Volvo e Porsche, ficando atrás apenas de BMW e Mercedes-Benz. Isso demonstra que a Toyota conseguiu transmitir para a Lexus a sua reputação de confiabilidade.

Em 2023, o Lexus zero-quilômetro mais emplacado no mercado norte-americano foi o RX, um dos seis SUVs que a empresa oferece no país. Foram 114 mil unidades, o que representa mais de duas vezes a soma de todos os modelos premium comercializados no Brasil ano passado.

No mercado brasileiro, o RX é o maior e mais caro SUV da Lexus, diferentemente do que ocorre nos EUA, onde o portfólio da empresa oferece três modelos maiores: TX, GX e LX. No Brasil, a Lexus apresentou a quinta geração do RX há pouco mais de um ano, na época, com a versão 500h F-Sport, e está lançando agora uma nova configuração desse modelo, a 450h+ Luxury.

A 450h+, que avaliamos nos EUA, é a primeira opção híbrida plug-in da empresa japonesa no Brasil. Nessa configuração, o conjunto motriz é formado por um motor de 2.5 litros a gasolina (187 cv) com duas máquinas elétricas: uma na frente (182 cv) e uma traseira (54 cv). A potência combinada é de 308 cv e o torque é de 27 kgfm.

O funcionamento é assim: o motor a combustão traciona o veículo enquanto o elétrico instalado na dianteira gera energia para o traseiro. Em arrancadas ou retomadas mais fortes, os três atuam em conjunto. Em velocidade de cruzeiro ou saídas lentas, o propulsor a gasolina é desligado. Basta pressionar o acelerador com mais força para que ele volte a funcionar.

De acordo com dados do Inmetro, a autonomia em modo elétrico é de 56 quilômetros e a bateria de 18,1 kW podem ser carregada em 2h44 em sistemas de carga rápida. O consumo fica em 13,9 km/l na cidade e em 12,4 km/l na estrada. Na avaliação nos EUA, onde rodei 2.500 quilômetros, o resultado foi superior: com 16 km/l em trânsito urbano e 14,4 km/l em estradas.

LUXO E TECNOLOGIA

Na cabine, três opções de cores, detalhes de madeira, bancos de couro alcântara, head up display e comandos por voz. Os bancos dianteiros e os laterais traseiros têm sistemas de resfriamento e aquecimento, sendo que o encosto do banco de trás tem ajuste elétrico de inclinação. A central multimídia tem uma tela de 14 polegadas e o sistema de som premium vem com 21 alto-falantes.

O SUV híbrido ainda traz retrovisor digital e itens de assistência à condução, como controle de cruzeiro adaptativo, frenagem autônoma de emergência, assistente de permanência em faixa, sensor de ponto cego e estacionamento automático.

O bagageiro tem capacidade para 621 litros. A abertura e o fechamento são elétricos. Crédito: Antônio Meira Jr.

MERCADO

Enquanto o RX 500h F-Sport custa R$ 580.990, o 450h+ é oferecido por R$ 609.990 nas concessionárias brasileiras, e a Lexus é a única marca do segmento premium que oferece cinco anos de garantia total.

Nos EUA, a unidade avaliada custa 76.665 dólares, o equivalente a R$ 419 mil, sem o imposto estadual que amplia o preço em mais 6%, no caso da Flórida. O modelo é produzido apenas em Cambridge, no Canadá, e em Miyawaka, no Japão, que abastece o Brasil.

Na Bahia, a Toyota tem uma participação de mercado superior à média nacional. É a segunda marca que mais emplaca veículos zero-quilômetro, atrás apenas da Fiat. Esse é um dos fatores que impulsiona a Lexus no estado, onde tem sua melhor participação no mercado brasileiro.