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Mais barato, Ford Territory tem novo design, motor atualizado e ganha câmbio de dupla embreagem


 

Confira a avaliação em vídeo do SUV que concorre com Chevrolet Equinox e Jeep Commander

  • Antônio Meira Jr.

Publicado em 08/09/2023 às 14:00:00
Produzido na China, o SUV chega ao país em apenas uma versão. Crédito: Divulgação

O portfólio da Ford no Brasil conta com produtos importados de cinco países: Argentina (Ranger), China (Territory), Estados Unidos (F-150 e Mustang), México (Bronco Sport e Maverick) e Uruguai (Transit). Em comum, todos eles passaram pelo desenvolvimento, adaptação e validação de equipes brasileiras, incluindo os técnicos e engenheiros baseados na Bahia.

A atuação do time baiano foi fundamental na adaptação da atualização completa feita no Territory. O SUV, que estreou no país há três anos, foi renovado e melhorou bastante. “Esse programa incluiu a rodagem de mais de 100 mil km e 10 mil horas de testes de todos os sistemas do veículo para atender as condições de uso da região e oferecer uma experiência de direção diferenciada”, afirma Ariane Campos, supervisora de engenharia da Ford América do Sul.

No design, o veículo está integrado com outros produtos globais da empresa, como o Escape. Uma deficiência do modelo anterior era o porta-malas, que ganhou 100 litros, passando a comportar 448 l. No entanto, a carga útil do Territory continua baixa, apenas 320 kg.

O conjunto de força também foi aperfeiçoado. O motor mantém a mesma capacidade cúbica: 1.5 litro, mas mudou o ciclo. O anterior trabalhava no ciclo Miller e o atual utiliza o sistema Otto. A transmissão automática foi alterada, a Ford deixou o CVT para aplicar um sistema automatizado de dupla embreagem com sete velocidades.

O propulsor entrega 169 cv de potência aos 5.500 rpm e 25,5 kgfm de torque entre 1.500 e 3.500 giros. É equipado com sistema start-stop e roda 9,5 km/l na cidade e 11,8 km/l na estrada, números que garantem boa autonomia com o tanque de combustível de 60 litros.

O bom espaço interno foi mantido e agrada muito para quem viaja na parte traseira, que conta com assoalho plano. Até o bege do interior, que reflete o gosto do consumidor chinês saiu. Agora utiliza preto, cinza escuro e azul escuro.

Espaçosa, a cabine tem seis airbags e bancos com refrigeração. Crédito: Divulgação

O SUV vem com painel de instrumentos digital de 12,3 polegadas, teto solar panorâmico, ar-condicionado digital de dupla zona com saídas traseiras, câmera 360 graus, farol alto automático, central multimídia com tela de 12,3”, carregador por indução e luz ambiente configurável. Os bancos contam com acabamento em couro e os dianteiros são elétricos e ventilados.

EXPERIÊNCIA

O Territory ficou muito superior ao anterior, desde o aspecto visual até na utilização. Minha principal dúvida era em relação ao desempenho dinâmico e a surpresa foi positiva. A engenharia trabalhou bem o acerto da direção, que conta com assistência elétrica, e o motor não decepcionou.

O bagageiro ganhou 100 litros de espaço e chegou aos 448 l. Crédito: Divulgação

O câmbio também é muito superior e colabora mais que o anterior na transferência da força para o eixo dianteiro. Para melhorar a interação em alguns momentos, a empresa poderia ter instalado um sistema para trocas de marcha manuais.

A Ford instalou modos de condução, que vão do econômico ao esportivo. Esse sistema altera alguns parâmetros do conjunto de força e oferecem uma entrega de acordo com o que motorista deseja no momento.

MERCADO

A Ford oferece o Territory em uma única versão, a Titanium. O SUV custa R$ 209.990 e concorre em dimensões com o Chevrolet Equinox (R$ 217.990). Mas a Ford mira dois modelos da Jeep que estão com resultados de vendas melhores: Compass e Commander.

Pelos equipamentos, o Ford se posiciona entre o Compass S (R$ 240.990) e o Commader Limited (R$ 251.690), ambos flex. A empresa defende que seu produto é uma opção muito melhor para o consumidor que precisa do espaço do Commander e não tem necessidade dos sete lugares.

O posicionamento de preço está bem adequado, se a Ford conseguir um bom volume de vendas, vai consolidar o veículo e respaldar seu valor no mercado de usados.

*O JORNALISTA VIAJOU PARA SÃO PAULO A CONVITE DA FORD