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Honda ZR-V chega para incomodar Jeep Compass e Toyota Corolla Cross


 

SUV é importado do México e chega em versão única. Confira fotos  e avaliação em vídeo

  • Antônio Meira Jr.

Publicado em 06/11/2023 às 14:00:00
Inédito, o ZR-V é posicionado na Honda entre o HR-V e o CR-V. Crédito: Divulgação

O ano que passou foi complexo para a Honda no mercado brasileiro. O Civic, um dos primeiros modelos que a empresa produziu no país, deixou de ser fabricado localmente em dezembro de 2021 e só retornou ao país em fevereiro. O HR-V foi outro modelo que passou um período longe das concessionárias, deixou de ser fabricado no final de 2021 para retornar em agosto do ano passado.

No entanto, neste ano, o fabricante japonês está correndo atrás das vendas perdidas. Além do retorno do Civic sedã, promoveu a chegada de uma inédita configuração esportiva, a Type R, e voltou a oferecer o Accord. Porém, o ápice dessa nova fase aconteceu nesta semana com o lançamento do ZR-V, um SUV inédito.

Produzido no México, país que tem um acordo automotivo com o Brasil e com isso não há taxação de importação, o novo Honda é montado sobre a mesma plataforma do Civic. O ZR-V será uma opção para o consumidor de veículos como Jeep Compass, Toyota Corolla Cross e Volkswagen Taos.

Só uma versão estará disponível no país, a Touring - que corresponde à topo de linha. Custa R$ 214.500, e, dessa forma, disputa com a versão Limited T270 do Compass (R$ 215.890), XRX Hybrid do Corolla Cross (R$ 210.990) e Highline 250 TSI do Taos (R$ 212.480). Dois modelos maiores também entram na concorrência: Chevrolet Equinox RS (R$ 217.990) e Ford Territory Titanium (R$ 210 mil).

A cabine do novo SUV é espaçosa e conta com oito airbags. Crédito: Divulgação

A Honda que atrair para esse produto consumidores do HR-V que buscam um modelo maior e antigos clientes do Civic, que agora é importado da Tailândia - com motorização híbrida - e é oferecido, inicialmente, por R$ 259.900. Do Civic, além da plataforma, o ZR-V tem em comum alguns componentes, como a suspensão dianteira. A traseira é a mesma adotada no CR-V, que é maior e estará de volta ao Brasil em alguns meses.

A semelhança com o Civic agrega em muitos aspectos, como na dirigibilidade e no espaço interno. Porém, atrapalha em outros: o banco traseiro é muito baixo, o que obriga os passageiros a viajarem com os joelhos arqueados. Para quem viaja atrás faz falta uma saída de ar centralizada. As duas ofertadas saem debaixo dos bancos dianteiros.

Outro ponto que precisa ser observado é o espaço do porta-malas. O compartimento de carga abriga 389 litros, espaço menor que seus principais concorrentes: Compass (410), Corolla Cross (440) e Taos (498).

O acabamento varia de acordo com a cor da carroceria. Crédito: Divulgação

Propulsão e equipamentos

Na versão comercializa no país, o novo Honda é muito bem equipado. São oito air-bags (frontais, laterais, de cortina e de joelhos para motorista e passageiro) e um bom pacote de assistentes de condução. Em um pacote batizado de Sensing, o veículo conta, entre outros itens, com alerta de ponto cego para o lado direito, sistema de permanência em faixa, piloto automático adaptativo, sistema de frenagem autônoma e ajuste de comutação automática para os faróis.

Nas comodidades, estão inclusos teto solar, comandos elétricos para o banco do motorista - que conta com um bom sistema para evitar fadiga - e central multimídia de nove polegadas. O sistema de som tem oito alto-falantes, que conta com o auxílio do para-brisas com tratamento acústico.

O limpador de para-brisas vem com esguicho acoplado. Crédito: Divulgação

Para completar, o ZR-V é conectado. Ou seja, por meio de um aplicativo para smartphone, o motorista pode realizar comandos remotos, como refrigerar a cabine e destravar as portas. Entre os rivais diretos, apenas o Compass possui um sistema similar.

Para impulsionar o veículo, a Honda optou por um sistema tradicional. Motor 2 litros aspirado a gasolina e transmissão automática do tipo CVT. O propulsor entrega 161 cv de potência a 6.500 rpm e oferece 19,1 kgfm de torque a 4.200 giros. É um conjunto que vai agradar quem prática uma aceleração gradual, como exige o CVT. A economia de combustível é outro fator positivo: 10,2 km/l no trânsito urbano e 12,1 km/l em rodovias.

O bagageiro é um dos pontos fracos do veículo, acomoda apenas 389 litros. Crédito: Divulgação

Em resumo, é uma boa novidade para os consumidores da Honda e uma opção para fãs de marcas japonesas. Tem mais requinte que o Corolla Cross, por exemplo, que tem o freio de estacionamento no pedal, contra o elétrico do ZR-V. No entanto, o Toyota tem cinco anos de cobertura ante três anos do Honda. Façam um test drive e decidam.

*O JORNALISTA VIAJOU PARA SÃO PAULO A CONVITE DA HONDA