EV5: primeiro elétrico da Kia no país tem autonomia superior a 400 km
Conheça os detalhes desse SUV e saiba qual será a nova concessionária da marca em Salvador
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Antônio Meira Jr.
antonio.meira@redebahia.com.br
Há algum tempo, a Kia ensaia introduzir um veículo elétrico no Brasil. A expectativa inicial seria que a estreia fosse com o EV6, crossover esportivo que chegou a ser homologado para o país. Porém, a pandemia e demandas de outros mercados mudaram a estratégia.
Enfim, depois dos híbridos Sportage, Stonic e Niro, a empresa sul-coreana lançou um elétrico aqui, o EV5. Produzido na China, o modelo é destinado exclusivamente a mercados emergentes. É um SUV com o mesmo comprimento do Toyota RAV4 (4,61 metros) e com preços próximos aos de modelos premium como BMW iX1 e Volvo XC40.
A versão única oferecida no país, a Land, custa R$ 399.990, enquanto o XC40 é tabelado por R$ 342.950 (P6) e R$ 404.950 e o iX1, entre R$ 359.950 (X-Line) e R$ 434.950 (M Sport). A explicação da Kia para o preço do EV5 é que esse veículo já está pagando a nova alíquota de importação para elétricos de 18%, enquanto os rivais ainda não consideraram esse aumento de impostos.
O novo elétrico da Kia tem um visual bastante arrojado, desenvolvido sob a supervisão do chefe de design da marca, Karim Habib. Nascido no Líbano e com cidadania canadense, Habib atuou na BMW e na Infiniti, divisão de veículos premium da Nissan, e atuou na Kia com o alemão Peter Schreyer na criação da nova linguagem estética da marca.
"Em todas as etapas, os designers da Kia trabalharam em estreita colaboração com seus colegas engenheiros para criar uma solução holística para a mobilidade sustentável. Como resultado, o EV5 estabelece um novo padrão de design, desempenho e praticidade, proporcionando novos níveis de prazer ao motorista e experiência ao usuário", explicou Habib.
Realmente, o EV5 é um produto bom de guiar, com suspensão macia, no entanto, o condutor sente o veículo nas mãos. Além disso, tem boas soluções internas, para a ergonomia e armazenamento de objetos - como uma gaveta sob o console central que pode ser acessada por passageiros do banco traseiro.
Um dos seus trunfos é a bateria, com capacidade de 88,16 KWh, que proporciona uma autonomia de 402 quilômetros conforme a aferição do Inmetro e 505 km de acordo com o ciclo de medição europeu. Esse acumulador de energia abastece o motor elétrico dianteiro, que rende 217,5 cv de potência e entrega 31,6 kgfm de torque.
Quanto ao recarregamento, em corrente contínua (DC) de 360 kW, a bateria do EV5 pode ser “abastecida” em 27 minutos (80%) e, em estação de 50 kW, em 83 minutos (também 80%); enquanto em corrente alternada (AC), de 11 kW (rede trifásica), em 8h10, e com unidade de 7 kW (rede bifásica), em 9h40.
A KIA NO BRASIL
A Kia tem um modelo de negócio diferente da maioria das marcas instaladas no país. Enquanto diversos fabricantes atuam diretamente no mercado nacional, fazendo a gestão local, a empresa coreana é comandada há mais de 30 anos pelo Grupo Gandini. A companhia brasileira é responsável pela importação e distribuição dos veículos.
Inclusive, quem escolhe a rede de concessionários é o Grupo Gandini. Na Bahia, a Kia tem representantes em Feira de Santana, Vitória da Conquista e Salvador. No entanto, na Capital o concessionário será substituído. Em breve, a Intervia, empresa do grupo pernambucano Via1, vai dar lugar a uma loja gerida pelo Grupo Paraguassu, que atua em várias cidades do interior e comanda a Retirauto Chevrolet em Salvador.
NOVOS LANÇAMENTOS
Outros modelos vão chegar às concessionárias da Kia no Brasil nos próximos meses. Depois do EV5, outro elétrico, o EV9, um SUV de sete lugares sofisticado e tecnológico. Outra novidade será o retorno do Sorento, provavelmente com motorização diesel.
Entre os veículos menores, está prevista para o ano que vem a estreia do K3, um carro do porte do Volkswagen Polo. A expectativa inicial é que seja comercializada aqui a configuração sedã, para rivalizar com Honda City, Nissan Versa e Volkswagen Virtus.
O K3 é produzido no México e já é oferecido em outros países da América Latina, como Argentina, Peru e Uruguai - onde a Kia também é representada pelo Grupo Gandini.
*O JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA KIA