Assine

Carro conectado: veículos sem comandos via smartphones estão defasados


 

Ligar o ar-condicionado à distância, localizar o carro e ver a autonomia de combustível estão entre as principais funções dos modelos com essa tecnologia

  • Antônio Meira Jr.

Publicado em 18/11/2023 às 08:00:00
Diversos recursos de um automóvel já podem ser comandos por meio de aplicativos para smartphones. Crédito: Divulgação

Mesmo sem contar com as ondas de calor que assolam o país, ter um ar-condicionado no carro é um dos principais desejos de quem compra um zero-quilômetro. Tanto que o equipamento está presente até nas versões mais básicas de veículos de entrada como Fiat Mobi e Renault Kwid.

No entanto, entre ter o ar-condicionado e entrar no carro para acioná-lo e poder fazer isso à distância existe uma grande diferença. Em muitos automóveis, é possível fazer isso mesmo a quilômetros do carro, diferente de quando a possibilidade era acionar o motor há alguns metros.

Se você ainda não tem um veículo conectado, não se assuste. Esse não é um item exclusivo para o mercado de luxo. Modelos como Chevrolet Onix ou Hyundai HB20, que estão entre os mais vendidos do país, podem contar com essa tecnologia. Dessa forma, por meio de um aplicativo para smartphone, o motorista pode acionar a climatização e, ao chegar na cabine, a temperatura estará agradável.

Além do Onix, a Chevrolet oferece o sistema em todos os seus modelos oferecidos no país, da S10 ao Tracker. A Hyundai disponibiliza o seu, chamado de Bluelink, na família HB20 e no Creta. Na Ford, todos os carros, incluindo o utilitário Transit, dispõem do sistema. A Honda incorporou recentemente, Jeep, RAM e algumas linhas da Fiat também têm, como 500e, Pulse, Fastback e Toro.

Além do ar-condicionado

Basicamente, o sistema funciona quando existe um sinal de dados móveis. Ou seja, há um chip instalado no automóvel e você deve ter sinal em seu smartphone (ou até mesmo smartwatch), wifi ou dados móveis, para executar as funções.

As funções oferecidas vão muito além da climatização. É possível destravar as portas, por exemplo. Por exemplo, você está viajando e esqueceu algo no carro. Destrava à distância, alguém pega o objeto e você trava novamente a cabine. No caso da ligação remota do ar, o motor entra em funcionando. Mas não existe o risco de uma criança sair com o veículo. Para isso acontecer, é necessário pisar no freio e dar a partida fisicamente no propulsor, seja por botão seja girando a chave.

Segurança maior

Outra função agregada é a localização. Assim, é possível lembrar onde o automóvel foi estacionado. Se você emprestou o veículo, está gerenciando uma frota ou quer saber onde seu filho está, basta consultar o aplicativo.

Passei por uma situação pessoal no ano passado em que esse mecanismo ajudou na localização de um veículo roubado. Minha esposa foi assaltada e levaram a picape. Logo que passou o susto inicial e recordei do sistema, chequei o app identifiquei o local onde a picape estava e avisei a polícia. Em poucos minutos, chegaram até o local e recuperaram o carro.

Outros recursos

Saber a autonomia de combustível, o momento para trocar o óleo do motor e até a pressão dos pneus são outros recursos incorporados. Em veículos elétricos, como no MINI Cooper SE, o proprietário pode também ir acompanhado como está o carregamento da bateria.

As revisões podem ser agendas pelo próprio aplicativo e, no caso de elétricos, há um localizador para estações de recarga.

Novos e defasados

Depois de testar veículos com esse tipo de tecnologia é estranho entrar em outros recém-lançados sem esse tipo de recurso. E são muitos assim. No Brasil, entre as empresas que mais vendem, a Volkswagen não dispõe em nenhum modelo. Citroën, Nissan, Peugeot, Renault e Toyota também não.

Geralmente, não há custo no primeiro ano de uso desses sistemas, e mesmo depois desse período, muitos fabricantes não cobram pelas funções básicas.