Contra o Guarani, Bahia tenta repetir histórico de acessos em casa
Esquadrão joga na Fonte Nova a partida mais importante da temporada
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Gabriel Rodrigues
gabriel.rodrigues@redebahia.com.br
O jogo mais importante para o Bahia no ano está cada vez mais próximo. Nesta sexta-feira (28), o Esquadrão encara o Guarani, às 19h, na Fonte Nova, com chance de confirmar o retorno à primeira divisão. Se conseguir, reforçará o histórico de acessos em casa.
Nas três vezes que o tricolor foi promovido de divisão, duas aconteceram em jogos como mandante. A primeira delas aconteceu em 2007. O empate por 0x0 com o Vila Nova, na antiga Fonte Nova, foi suficiente para que baianos e goianos conquistassem o retorno à Série B do Brasileirão numa noite marcada pela tragédia que matou sete torcedores quando um lance de arquibancada despencou.
Naquele ano, o Bahia jogava a Série C pelo segundo ano consecutivo, e o acesso foi conquistado com uma rodada de antecedência no octogonal final. Com 24 pontos, a equipe terminou em segundo lugar no grupo, que teve o Bragantino como líder. Vila Nova e ABC completaram o G4 e também subiram.
Três anos depois, foi também como mandante que os tricolores soltaram o grito do retorno. Dessa vez, a casa foi o estádio de Pituaçu. Liderado por Adriano Michael Jackson, o time venceu a Portuguesa por 3x0 no duelo que consolidou a volta à primeira divisão, com duas rodadas de antecedência, depois de sete anos vagando por divisões inferiores.
Apenas em 2016 o acesso veio fora de casa. Derrota por por 2x1 para o Atlético-GO, em Goiânia, mas como o Náutico perdeu do Oeste em Pernambuco, isso manteve o clube baiano dentro do G4 na última rodada da Série B.
Subir contra o Guarani amanhã seria representativo, pois foi na Fonte Nova que o Bahia mostrou a sua força na campanha. Dos 58 pontos conquistados até o momento, 40 foram somados em casa, onde a equipe venceu 12 dos 18 jogos que fez.
Além disso, a partida contra o Bugre será a despedida como mandante na temporada e a expectativa é por quebra de recorde na Fonte Nova, já que todos os ingressos foram vendidos. O maior público pagante entre clubes no estádio é de 48.183, no 2x1 contra o Vasco, em agosto.
A capacidade de público liberada pelos órgãos de segurança na Arena é de 48.902. Mas o recorde não é certo porque os sócios com acesso garantido não necessariamente vão ao jogo.
A conta para o Bahia enfim festejar o acesso é simples: precisa vencer o Guarani. Com 61 pontos, não seria alcançado por nenhum dos concorrentes fora do G4.
Para subir com um empate, tem que torcer para o Sport não vencer o rebaixado Operário, na Ilha do Retiro, e por empate entre Londrina e Ituano. E em caso de derrota do Bahia, além dessas duas combinações é necessário que o Sampaio Corrêa não vença o Vasco no Rio.
“Sabemos que vai ser um jogo muito difícil, sabemos da dificuldade que tem sido essa reta final, mas estamos muito focados. Estamos preparados, e acredito que tem tudo para ser uma grande festa na sexta, e, se Deus quiser, coroar com esse acesso”, disse o goleiro Mateus Claus.
Claus aponta que será importante controlar a ansiedade. “A gente tem que ser equilibrado psicologicamente, então está trabalhando isso até mesmo fora de campo, com a Michele, nossa psicóloga do clube. Acho que está sendo muito bom para nós”.
Caso não suba amanhã, o Bahia terá a última chance contra o CRB, em Maceió, no dia 6 de novembro.