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Da Redação
Publicado em 7 de março de 2022 às 18:38
- Atualizado há 2 anos
Depois de 86 dias de vacância, o cargo de diretor de futebol do Bahia vai voltar a ser ocupado. O tricolor acertou, nesta segunda-feira (7), a contratação de Eduardo Freeland como novo chefe do departamento mais importante do clube.
O profissional chega ao Bahia para ocupar o posto que, no ano passado, teve Lucas Drubscky como gestor. O então diretor de futebol foi demitido em 10 de dezembro, um dia depois do rebaixamento tricolor para a Série B do Brasileirão, e desde então a diretoria não havia contratado um substituto.
O novo diretor do Esquadrão estava no Botafogo, onde foi campeão da Série B no ano passado. Após o acesso, ele foi remanejado para a divisão de base do clube carioca, que se transformou em SAF (Sociedade Anônima do Futebol) e foi comprado pelo empresário americano John Textor.
Formado em educação física, Eduardo Freeland tem especialização em gestão esportiva e acumula trabalhos em categorias de base. Ele soma passagens por equipes como Cruzeiro e Flamengo, mas foi no Botafogo que ganhou prestígio.
Em 2021, voltou ao clube alvinegro para trabalhar no departamento de futebol profissional. Foi sob o comando de Freeland que o alvinegro conquistou o acesso à Série A. Do atual elenco tricolor, o lateral Jonathan e o meia Marco Antônio trabalharam com o gestor na equipe carioca.
Pressão A diretoria do Bahia vinha sendo duramente criticada por ainda não ter anunciado um nome para chefiar o departamento de futebol. O período de 86 dias sem uma peça no comando já era o maior clube desde 2005, quando o posto ficou vago por 77 dias por conta de uma quebra de braço entre o então presidente Marcelo Guimarães e o Banco Opportunity, que era dono de 80% das ações do Bahia S/A.
Na época, o ídolo Bobô foi escolhido para assumir a função. Ele foi anunciado no dia 4 de março de 2005, substituindo Walter Telles, que havia deixado o posto em 16 de dezembro de 2004. No entanto, no período sem um gestor oficial, Ruy Accioly, que não tinha a aprovação do Opportunity, agiu de maneira informal na negociação de atletas. Pouco depois ele foi nomeado superintendente de futebol.
O atual presidente, Guilherme Bellintani, chegou a revelar que o clube buscou a contratação de Paulo Autuori, demitido do Athletico Paranaense, no entanto o gestor negou o convite da equipe baiana e preferiu aceitar a proposta feita pelo Goiás, hoje na Série A.
O novo diretor de futebol chega ao Bahia com uma enorme pressão. Na temporada em que voltará a disputar a Série B depois de cinco anos, o time não está nada bem. O clube está ameaçado de não conseguir se classificar para a segunda fase da Copa do Nordeste e corre o risco de ser rebaixado no Campeonato Baiano, algo inédito na história de 91 anos.
Uma das missões de Eduardo Freeland será a de reformular o elenco que tentará uma vaga entre os quatro que sobem para a Série A. Esse ano, o Bahia fez seis contratações para o time principal, contudo boa parte dos reforços não conseguiu vingar. Atualmente, apenas Luiz Henrique e Willian Maranhão continuam entre os titulares. O lateral direito Jonathan, por sua vez, perdeu espaço e não vem nem sendo relacionado para os jogos.
Paralelamente, o clube conta ainda com atletas que não estão nos planos do técnico Guto Ferreira e precisam encontrar um destino para aliviar a folha salarial do Bahia. Fazem parte da lista nomes como o volante Lucas Araújo e o atacante paraguaio Oscar Ruiz. Sem um diretor de futebol, as negociações estavam sendo conduzidas pelo próprio Guilherme Bellintani em conjunto com o gerente de futebol, João Paulo Sanches, o técnico Guto Ferreira e profissionais do departamento de análise e desempenho.