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Pai diz que menina morta por síndrome pós-covid não teve sintomas


 

Ana Clara Macedo Santos tinha apenas 13 e inicialmente ficou totalmente assintomática

  • Da Redação

Publicado em 04/03/2021 às 13:35:05
Atualizado em 23/05/2023 às 04:14:35
. Crédito: Arquivo Pessoal

O motorista Paulo César dos Santos, de 50 anos, pai da adolescente Ana Clara, de 13 anos, que morreu em Campinas (SP) após contrair a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica pós-covid-19, uma condição rara que pode atingir crianças e jovens até 19 anos, deu suas primeiras declarações após o falecimento de sua filha caçula, e pediu para que a população "se importasse" com a doença.

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"Era uma criança saudável, uma criança espontânea. Se ela não tivesse contraído o coronavírus, ela não teria morrido. [...] Se importem. Porque infelizmente está aumentando os casos de crianças. Não sabíamos que existia a síndrome, ficamos sabendo pelo hospital. Não tem como a gente precisar como foi a infecção por Covid. A gente não sabe dizer de onde. Segundo as informações médicas, na data do dia 24, ela podia ter contraído sete dias antes ou até seis meses atrás. Não culpei a volta às aulas. De repente, ela foi a transmissora para nós", alertou Paulo César ao G1 Campinas.

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A família de Ana Clara é composta por Paulo, sua esposa e seus irmãos. Todos pegaram covid-19 entre dezembro e janeiro deste ano. Todos fizeram exames, exceto a caçula, que não apresentou nenhum sintoma. Adotando os protocolos recomendados, todos se recuperaram, sem nenhuma preocupação ou gravidade.

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No entanto, em fevereiro, Ana Clara sofria com intensas cólicas. Ele necessitou ser hospitalizada, e através do exame de sangue, descobriu que teve contato com o coronavírus. Por conta da síndrome inflamatória em estado avançado, após dois dias de internação, o quadro se agravou, com os rins e fígado tendo parado e o pulmão ficando comprometido. Ana acabou falecendo no dia 24 de fevereiro por falência em múltiplos órgãos.“Ela deixou um legado para nós do amor de Deus, o perdão, somos evangélicos. Quero levar o legado dela pra frente. Que tudo isso sirva de alerta que criança também pega. Se previnam, usem máscara, álcool em gel, higienização.”, diz o pai da menina à publicação.De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) de Campinas — cidade de Ana Clara — a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica caracteriza-se por inflamações da parede dos vasos sanguíneos de órgãos como rins, articulações, sistema nervoso central e vias respiratórias. Esse foi o primeiro caso confirmado na cidade paulista.