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Carga de respiradores comprada pela Bahia não chega; governador fala em 'leilão'


 

Foram comprados 350 equipamentos, que fornecedor não embarcou por conta do feriado de 1º de Maio

  • Da Redação

Publicado em 05/05/2020 às 15:25:08
Atualizado em 07/05/2023 às 14:03:06
. Crédito: Divulgação/GOV BA

Uma carga de 350 respiradores comprados pelo governo da Bahia para a abertura de novos leitos de tratamento de pacientes com a covid-19 não chegou ao estado. A informação foi confirmada pelo secretário de Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, em entrevista à TV Bahia nesta terça-feira (5). Segundo Vilas-Boas, a carga não foi embarcada na China, onde foi comprada, por conta do feriado do Dia do Trabahador.

A previsão, agora, é que ela chegue nas próximas semanas. Antes disso, o governo espera receber uma segunda carga de equipamentos comprados da Inglaterra. Estes devem chegar de sete a dez dias, acredita. A compra em outros locais é uma tentativa de diversificar fornecedores.

"Houve um feriado na China, os fornecedores reprogramaram, isso tem acontecido com regularidade. A gente não consegue ter a execução do prazo firmado originalmente no contrato. Temos algum grau maior de que os equipamentos da Inglaterra chegarão na próxima semana ou, no mais tardar, na outra", disse, durante a entrevista.

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Mais tarde, o governador Rui Costa também comentou o atraso na entrega. Segundo Rui, a compra não foi cancelada, mas adiada. Apesar disso, ele disse também à TV Bahia ter a sensação de haver um 'leilão por respiradores'."A sensação que a gente tem é de que parece que tem alguém na linha de produção da fábrica oferecendo muito mais do que a gente pagou para poder passar na frente na fila e pegar esses respiradores, porque os prazos não são cumpridos, mesmo tendo multa. Pelo visto, parece que o valor pago por terceiro é sempre maior do que a multa dos contratos", disse.Não é a primeira vez que a Bahia tem problemas com a compra de respiradores da China. No início de abril, uma compra de 600 equipamentos foi retida no aeroporto de Miami, nos Estados Unidos. O governo, então, providenciou uma forma de buscar os respiradores no próprio país asiático.