ACM Neto chama Bolsonaro de 'adversário das medidas de isolamento'
Prefeito de Salvador acredita que Brasil sairia mais rápido da pandemia se o presidente colaborasse
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Da Redação
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Prefeito de Salvador, ACM Neto fez uma série de críticas ao presidente Jair Bolsonaro, durante uma coletiva virtual nesta segunda-feira (25). Neto chamou o chefe do Palácio do Planalto de "adversário" das medidas de isolamento social, impostas para conter o avanço do novo coronavírus. E afirmou que, para ele, se o presidente colaborasse com os outros governantes, o Brasil já estaria retomando suas atividades. "Nós temos dois adversários na aplicação efetiva das medidas de isolamento. O primeiro fator que prejudica, sem dúvida, é o governo federal. Infelizmente, o presidente da República insiste em adotar medidas e tomar posições que acabam gerando dúvida na cabeça das pessoas", afirmou Neto.Em seguida, o prefeito lembrou as atividades do último fim de semana de Bolsonaro. No sábado (23), o presidente foi à casa do ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, à casa do filho mais novo, Jair Renan. Terminou o passeio parando para comer em uma barraca de cachorro-quente. No dia seguinte, domingo (24), cumprimentou apoiadores em um ato favorável ao governo e até carregou criança no colo.
"Ainda nesse final de semana, ele voltou a participar de aglomerações no Distrito Federal, o que é lamentável", disse Neto.
"Seria muito melhor para o país se prefeitos, governadores e o presidente estivessem unidos, todos falando a mesma linguagem, porque com isso sairíamos mais rápido. Quem paga o preço do relaxamento somos todos nós. Todos nós pagamos o preço do não cumprimento efetivo das medidas se isolamento social, porque acaba que elas passam a ter que valer por mais tempo. Se houvesse um alinhamento de todo mundo, se o presidente estivesse colaborando, talvez já estivéssemos retomando as atividades no Brasil. Com protocolos sérios, rigorosos, mas era muito provável que já estivéssemos retomando as atividades", seguiu o prefeito de Salvador.
O outro fator apontado por Neto como barreira para o fim do isolamento é próprio êxito das medidas. "O outro fator que não contribui para o isolamento é o próprio êxito das medidas. Porque quanto mais a gente consegue evitar o número desenfreados de óbitos e o colapso no sistema de saúde, mais o ambiente parece confortável", comentou.