Com sinais de bate-chapa no duelo pelo comando da Assembleia, oposição vira fiel da balança
Por Jairo Costa Júnior
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Jairo Costa Jr.
jairo.junior@redebahia.com.br
Caso se confirme o cenário de bate-chapa entre candidatos governistas na disputa pela presidência da Assembleia Legislativa, o apoio da bancada de oposição é considerado definitivo no duelo, avaliam lideranças dos dois polos de poder na Casa. O peso do bloco oposicionista cresceu diante dos sinais de que o líder da base, Rosemberg Pinto (PT), decidiu entrar no páreo mesmo contra um aliado do Palácio de Ondina. Até agora, a deputada Ivana Bastos (PSD) aparece como única adversária do petista. Com a eleição limitada a concorrentes do arco governista, o cálculo é de que os 20 votos dos parlamentares oposicionistas serão a diferença entre derrota e vitória. Quem conquistá-los, ganha a briga.
Tecla SAP
A antecipação da corrida pelo comando da Assembleia, que só ocorrerá em fevereiro de 2025, traduz a disposição de Rosemberg Pinto para impor sua candidatura a qualquer custo e da cúpula do PSD para manter o controle do Legislativo estadual nas mãos do partido.
Arte da guerra
O vídeo em que o senador Angelo Coronel praticamente lança a candidatura do atual presidente Adolfo Menezes a uma terceira gestão tem como pano de fundo a tática do PSD para impedir o aval do governador Jerônimo Rodrigues (PT) ao líder da base aliada. Embora negue interesse em disputar outra reeleição, Menezes já aglutina apoio para tentar derrubar a emenda que proíbe três mandatos consecutivos à frente da Casa, ironicamente, fruto de proposta de sua autoria. Isso porque ele é tido hoje como um nome mais forte para vencer o petista do que Ivana Bastos. Além dos votos da própria legenda, Menezes tem capacidade para atrair a oposição e deputados da bancada governista que torcem o nariz para Rosemberg Pinto.
Ajuste de mira
Autor do pedido para criar a CPI da ViaBahia, cujo teor foi classificado como inconstitucional pela Procuradoria Jurídica da Assembleia, o deputado estadual Marcinho Oliveira (União Brasil) protocolou ontem um novo requerimento para instalar a comissão voltada a investigar a concessionária. Dessa vez, excluiu do texto o contrato de concessão, que é de competência federal, e restringiu o foco aos serviços prestados pela empresa nas BRs-324 e 116.
Faz de conta
Apesar de alardear o pagamento de R$ 2,65 bilhões aos professores beneficiados pelos precatórios do Fundef em 2022 e 2023, o governo baiano aplicou o "Teorema da Parabólica", eternizado em 1994 por Rubens Ricupero, ex-ministro da Fazenda na gestão Itamar Franco: faturar o que é bom e esconder o que é ruim. No caso, escondeu que, no ano passado, a União transferiu R$ 3,9 bilhões para o estado. Dava para pagar as duas parcelas e ainda sobraria R$ 1,25 bi, sem nem usar o valor depositado este ano.
Falha nossa!
Ao contrário do que foi publicado na edição da última quarta, o crescimento de 5,5% na movimentação do aeroporto de Salvador, assim como dos outros terminais citados, é relativo ao acumulado de janeiro a julho, não só de julho, que terminou com alta de 16%.
Márcio Marinho, deputado federal do Republicanos, ao convocar para amanhã uma audiência pública sobre as operadoras do setor na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara
"Os consumidores têm sofrido com o aumento abusivo dos planos de saúde. Pagam caro por um serviço que muitas vezes não corresponde. Alguém precisa colocar um freio"