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Bahia: tráfico usa escola estadual como rota de fuga na Avenida San Martin


 

Confira os detalhes na íntegra

  • Bruno Wendel

Publicado em 15/07/2024 às 05:00:39

Na Avenida San Martin, a violência invade, literalmente, a Escola Estadual Ruben Dario. Após troca de tiros com rivais, integrantes do Comando Vermelho pulam o muro do fundo e circulam pela unidade para chegarem com segurança ao Curuzu. Já foram cinco casos somente neste ano e o mais recente aconteceu há 15 dias, segundo os alunos, que estão apavorados.

Embora os relatos dão conta de que o problema é antigo, a Secretaria de Educação nega em nota. Por enquanto, os traficantes usam a escola como passagem, mas se um dia, no encalço, os seus desafetos conseguirem da mesma forma o acesso à instituição? Imagina o bangue-bangue que seria lá dentro? Na escola são 1.100 estudantes.

Há cerca de dois anos, homens armados pularam o muro e caminharam na quadra durante as aulas de educação física. Nas duas situações, eles exibiram pistolas para o professor, que abandou a escola.

Alunos denciam que traficantes fazem da Ruben Dario de rota fuga . Crédito: Domínio público

Justiça inocenta gerente da Caixa denunciado por racismo contra empresário

Por essa ninguém esperava. Contrariando o clamor popular e o Ministério Público Estadual, o Tribunal de Justiça do Estado (TJBA) inocentou no último dia 9, o gerente da Caixa Econômica Federal João Paulo Vieira Barreto, acusado de racismo contra o empresário Crispim Terral, em 2019.

Imagens feitas na agência do Relógio de São Pedro, e que viralizaram, mostram um PM dando um “mata-leão” em Crispim, depois que o gerente, segundo o MP, disse que “não fazia acordo com ‘esse tipo de gente’, supostamente se referindo à raça/cor da vítima". À época, Crispim reclamou da retirada indevida de R$ 60 mil de sua conta.

“O tribunal entendeu que o gerente foi ríspido e isso não é crime. Vamos questionar a competência do TJBA, pois, no meu entendimento, o crime foi federal”, declara Marinho Soares, advogado de Crispim.

Com 'mata-leão', empresário Crispim Terral foi expulso de agência bancária no Dois de Julho, em 2019. Crédito: Reprodução/Redes sociais

Laudo diz que tiro que matou evangélica saiu de arma de PMs

O laudo do Departamento de Polícia Técnica apontou que a evangélica Catimile dos Santos Bonfim, de 37 anos, foi morta por policiais.

Ela foi baleada a caminho da igreja numa ação policial no Engenho Velho de Brotas. “Ela foi atingida por seis munições. A PM já sabe quem são os autores e o inquérito será remetido à Justiça”, disse o advogado da família, Marinho Soares.

O filho dela, um menino que foi atingido no olho, está cego e com a bala alojada na cabeça.

Catimile dos Santos Bomfim (à direita) foi vítima de disparo de policiais durante confronto com suspeitos em Brotas, em setembro de 2022. Crédito: Acervo pessoal