Assaltos, facadas e mortes tiram 'brilho' da boemia do Rio Vermelho
Confira os destaques da semana na coluna (IN)Segurança, de Bruno Wendel
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Bruno Wendel
bruno.cardoso@redebahia.com.br
O que está acontecendo com o Rio Vermelho? Bairro mais boêmio de Salvador vem perdendo ao longo dos anos um pouco da magia e pluralidade por causa da violência. Na sexta (25), duas pessoas foram baleadas quando um homem tentou matar a mulher dentro do posto de saúde da Vila Matos em plena luz do dia. No dia 11, um rapaz reagiu a um assalto e foi esfaqueado no Largo da Mariquita, mesmo local onde duas jovens foram vítimas de um ladrão armado com um facão na madrugada anterior– será o mesmo criminoso? Não sei, cabe a 7º DP apurar, mas o fato é que isso não algo pontual. Em janeiro deste ano, um homem morreu a tiros no Largo de Santana e outro foi baleado no mesmo local em maio do ano passado. Hoje, “sextar” no Rio Vermelho não é para amadores! No lugar da alegria, da magia e da diversão entrou o medo.
“Big Brother” do Canela
Agora é a vez do bairro do Canela virar um “Big Brother” para se proteger da violência. A medida extrema de instalação de câmeras foi da associação dos moradores, que vinha reclamando da ausência de policiamento na região. Com isso, houve um aumento das ocorrências de assaltos, furtos e arrombamentos. Quem também não aguentou esperar por uma polícia mais presente foram os moradores do Stiep que também tiraram do próprio bolso o dinheiro para colocar monitoramento dos pontos mais críticos. Cadê esse efetivo todo que a SSP diz que tem?
“Quebrança” e sangue
É sabido que o tráfico não perdoa traições e o custo disso não é outro, a não ser a vida. E uma “quebrança” foi o motivo das mortes de três homens, fuzilados em de um carro, na Avenida Gal Costa, em abril 2020. Segundo a coluna apurou, as vítimas, naturais do distrito de Acupe, em Santo Amaro, foram atraídas para uma emboscada pelo conterrâneo Israel, líder do BDM em São Marcos. Ele descobriu que havia desfalque na prestação de contas e montou uma emboscada para as vítimas, na ocasião gerentes dele, que foram “chamadas” para um serviço em Salvador. Ou seja, esse problema das facções não vem de hoje.