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Micro-ondas sobe 171% antes da Black Friday; veja como fugir de ciladas


 

Pesquisa indica que consumidores baianos pretendem gastar até R$ 2 mil em compras na data promocional

  • Flavio Oliveira

Publicado em 09/11/2024 às 16:00:00
Consumidor deve pesquisar e ficar atento ao comportamento dos preços . Crédito: Foto: Ana Lúcia Albuquerque

Apesar de estar consolidada – e fiscalizada – como data importante do varejo brasileiro, a Black Friday ainda exige muitíssima atenção dos consumidores. Os golpes mais comuns são os das falsas promoções, vendas casadas e sites falsos ou hackeados. Neste ano, a data oficial é no próximo dia 29, mas a redução de preços – em tese - tem sido aplicada pelas lojas desde o início do mês. Ainda assim, em alguns casos, entre a primeira e a última redução de preço, o comprador pode estar levando o produto pela metade do dobro do valor original.

Segundo pesquisa feita a pedido da Entrelinhas pelo site comparador de preços Buscapé (www.buscape.com.br), mostra que entre o final de setembro e de outubro um micro-ondas específico subiu 171% - de R$ 1.608 para R$ 4.357. Foi a maior variação do período e ele já era o produto mais caro da categoria. A menor variação, queda de 68%, foi no valor de um modelo de panela de pressão, estava em R$ 196 e foi para R$ 62.

As categorias com maior crescimento nas buscas feitas pelos baianos foram geladeiras, com alta de 28%; consoles de videogame, 22%; e ar-condicionado, 8%. No mesmo período, o preço da geladeira mais barata  caiu 2%, de R$ 1.858 para R$ 1.826. A mais cara estava a R$ 6.567 e foi para R$ 6.487, queda de 1%. Mas o recuo só se deu nos extremos, pois o preço médio dos produtos da categoria era R$ 3.190 e subiu para R$ 3.271, 3% a mais.

O caso dos consoles de videogame: em setembro, o mais barato saía a R$ 1.909, e o mais caro a R$ 4.142; um mês depois, o mais barato estava a R$ 1.970, e o mais caro a R$ 4.247. A variação positiva foi de 3% nas duas opções. O preço médio subiu 4%, de R$ 3.260 para R$ 3.406.

O preço médio dos aparelhos de ar-condicionado subiu 5%, saindo de R$ 2.412 para R$ 2.544. No item mais barato da categoria, houve redução de 6%, de R$ 1.647 para R$ 1.552. O mais caro, por sua vez, de R$ 4.956 subiu para R$ 5.166, 4% a mais.

O ranking das 20 categorias mais buscadas pelos consumidores baianos no Buscapé no final de outubro foram, pela ordem: celular & smartphone, variação de -4% no preço médio dos produtos; geladeira (3%); ar-condicionado (+5%); televisores (+3%); lavadora de roupas (+5%); notebook (-1%); fogão (-1%); tênis (+3%); tablet (-9%); panela de pressão (-36%); caixa de som bluetooth (-1%); freezer (-1%); guarda-roupa (+1%); fritadeira elétrica (0%); console de videogame (+4%); micro-ondas (-2%); monitor (+6%); forno (+12%); cama (+4%); pneus para carros (+8%).

A formação de preço de um produto é um processo complexo, que envolve custos de insumo, produção, distribuição, publicidade e margem de lucro, que podem aumentar ou diminuir mês a mês. Lojas e marcas também podem, eventualmente, fazer promoções fora de datas específicas com a Black Friday. E tudo isso pesa nos dados sobre a variação de preços.

Outra pesquisa, feita pelo site Mercado Livre, aponta que 85% dos baianos pretendem comprar na Black Friday deste ano. O levantamento foi realizado entre 1 e 15 de outubro e ouviu quase três mil consumidores. A pesquisa mostra ainda que 77% planejam suas compras com antecedência, e que 23% estão atentos aos “achadinhos”. A maioria dos entrevistados pretende gastar até R$ 2 mil. 46% esperam fazer economias acima de 60%. Entre os entrevistados, 59% preferem pagar com o cartão de crédito. 33% pretendem parcelar a compra em até 6 vezes.

Conclusão: pesquisar e monitorar preços daquilo que se pretende comprar é das cosias mais importantes que o consumidor deve fazer. Outra é ficar atento à segurança da operação de compra. Verifique se o site é de confiança. Dica: observe se aparece um cadeado fechado na barra de endereços. O desenho representa que o site é seguro. Outro ponto que deve ser visto é o leiaute e a ortografia do site. Pequenas diferenças e erros grosseiros indicam que o site pode ter sido hackeado. Um golpe comum é o do boleto, então, ao pagar dessa forma verifique todos os dados do documento (banco, código de barras, conta, data de vencimento). Sempre deixe o antivírus do computador e do celular atualizados e evite usar wi-fi de locais públicos, preferindo finalizar as compras em sua casa.

Lembre-se que o consumidor não é obrigado a adquirir um novo produto ou serviço para garantir a oferta anunciada (a exemplo de garantia estendida). Converse com outros clientes sobre o cumprimento nos prazos de entregas dos sites ou das lojas físicas, e pesquisa (mais uma vez) a reputação da loja, marca ou site, preferindo, claro, aqueles com boa imagem perante o público e órgãos de defesa do consumidor.

Importante: faça bem suas contas para não comprometer o orçamento. Uma boa estratégia para evitar as compras de impulso é se perguntar sempre se você realmente precisa daquilo que está em seu carrinho de compras.

Ah, e se receber uma ligação sobre uma suposta compra feita em seu nome, pode mandar pra aquele lugar.

O que mudou: as mães ou o mundo?

Atitudes maternais agora incluem processar filhas. Crédito: Shutterstock

Mãe é mãe, só muda endereço. Mãe é mãe, desde que o mundo é mundo. Dois ditos populares que explicam que uma mãe, em qualquer época ou lugar sempre vai perguntar se o filho ou a filha está levando o agasalho, comendo pouco ou devia evitar certas amizades. Histórias vindas da Argentina e do Reino Unido levantam a questão: se o comportamento das mães mudou, o que terá acontecido e o que será deste mundo?

O jornal El tempo, da Argentina, contou, sem identificar o nome, que uma mãe entrou na Justiça para não ter de sustentar a filha que não estuda nem trabalha. No país vizinho, a lei obriga os pais a manterem seus filhos até os 25 anos, e a menina, maior de 18 anos, que foi morar com uma amiga, já havia solicitado judicialmente o pagamento de uma pensão pelos pais porque estava matriculada em um curso de Direito. A mãe alegou que a filha não trabalhava por causa da pensão e que ainda assim, não estudava, pois em 4 anos, só concluiu 11% do curso.

No Reino Unido, Milly, que administra o perfil de finanças Budget With Milly, contou que sua filha de 12 anos é paga para fazer serviços de babá, venda de doces, lavagem de carros e limpeza de janela da casa. E que também cobra dela um valor proporcional do aluguel da casa onde elas vivem, bem como contas de consumo com água, gás e energia. A justificativa é que se trata de uma ação de educação financeira.

Meme da semana

Crédito: Reprodução

A plataforma de governo apresentado por Trump, eleito presidente dos EUA nessa semana, prevê o fortalecimento do negacionismo, machismo, racismo, xenofobia, fanatismo, desregulamentação de setores econômicos, profusão de fake news. Apesar disso, muitos estão doidos para dançar para ele, segurando o joelho e dando uma abaixadinha. Segura o tchan.

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