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Baiana cria edtech e quer faturar R$10 milhões em 2025


 

Saber em Rede alcançou recentemente mais de 1000% de crescimento

  • Nilson Marinho

Publicado em 16/12/2024 às 07:09:32
Laila Martins. Crédito: Divulgação

Um relatório da Cortex Intelligence em parceria com a Endeavor mostra que há mais de 12 mil startups no Brasil, muitas das quais vêm impactando principalmente a educação. Prova disso é o Saber em Rede, maior rede de captação de alunos para Instituições de Ensino Superior (IES) do país, que alcançou recentemente mais de 1000% de crescimento e mira faturar cerca de R$10 milhões em 2025.

Fundada em 2017, a empresa é residente do Cubo Itaú, maior hub de startups da América Latina. Com um modelo de negócio pautado pela inovação, o Saber em Rede permite que qualquer pessoa empreenda e consiga ganhar renda extra representando suas IES parceiras, atuando como agentes que geram novas matrículas. Para isso, elas podem se afiliar gratuitamente à edtech por meio da sua plataforma, que oferece uma série de treinamentos e recursos para captarem estudantes, como criar campanhas de marketing personalizadas e acompanhar estratégias em tempo real.

“Enxergamos a tecnologia como o caminho para democratizar o acesso ao trabalho e à educação”, diz a baiana Laila Martins, que deixou o Direito para se tornar CEO do Saber em Rede. “A inovação é fundamental para alavancar carreiras e auxiliar as IES a se adaptar aos desafios impostos pela evolução dos modelos de aprendizado, garantindo a conquista de novos alunos tanto nos cursos presenciais quanto remotos”, completa.

Para se destacar em um mercado tão competitivo, o Saber em Rede atua de forma segmentada, com foco exclusivo no setor educacional e atendendo às necessidades específicas dessas instituições de ensino.

A partir desse raciocínio, a edtech consegue desenvolver iniciativas únicas e oferecer suporte individualizado, visando atrair, reter e engajar seus vendedores afiliados. Um exemplo disso é o Indicaê, programa de afiliados gratuito que criou em parceria com a Estácio, que recompensa financeiramente os participantes por cada nova matrícula gerada na faculdade. O projeto já soma mais de 50 mil afiliados e R$ 5 milhões pagos em comissões.

Laila reforça que abordagens direcionadas como essa podem contribuir para que as IES enfrentem a saturação do mercado. “Conquistar uma matrícula não é uma missão fácil nos dias atuais. Os alunos estão cada vez mais exigentes, buscando flexibilidade e métodos de ensino interativos. Enquanto isso, os canais de captação estão sobrecarregados de anúncios e o aumento nas campanhas de desconto diminuiu os tickets médios. Diante desse cenário, só é mais competitivo quem une a eficiência à personalização”, explica.

Perspectivas futuras

Os próximos passos do Saber em Rede envolvem, principalmente, investimentos no aprimoramento da sua plataforma, deixando-a ainda mais intuitiva e fácil de usar tanto para os afiliados quanto para as IES. Além disso, a edtech realiza um grande mapeamento de tendências tecnológicas e do comportamento do público para potencializar suas soluções.

Um bom exemplo disso é a participação de microinfluenciadores, como criadores de conteúdo, sites especializados e blogueiros com audiências engajadas, entre os afiliados. “O mercado em geral aceita a opinião dos microinfluenciadores, e não é diferente no universo da educação, e nós estamos alinhados com essa tendência”, comenta Laila. “Muitos alunos chegam para se matricular porque já confiam nessas personalidades, inclusive recebendo apoio, orientação e suporte delas no processo de ingresso no ambiente acadêmico”, complementa.

Para a CEO, esse impacto mostra como trazer mais valor às experiências dos usuários no setor da educação. “A diferenciação sempre será uma prioridade para nós, e em 2025 isso não será diferente. Vamos continuar desenvolvendo novos materiais de apoio para os nossos afiliados, dando espaço para que possam colocar os novos perfis de estudantes em contato com as IES”, conclui.

Fundada em 2017, a startup nasceu com a missão de fomentar a disseminação da educação e o empoderamento financeiro, contando com 70 universidades parceiras, mais de 300 mil embaixadores, 100 mil alunos ingressados e R$12 milhões pagos em comissões desde sua fundação.