Pátio de triagem ficará a 24 quilômetros do Porto de Salvador
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Donaldson Gomes
donaldson.gomes@redebahia.com.br
O possível pátio de triagem externo do Porto de Salvador já têm localização definida. A Sulog, uma das empresas que foram classificadas no chamamento público 001/2022, tem uma área pré-definida, que será arrendada se a operação for homologada pela Codeba – algo esperado para os próximos dez dias, de acordo com pessoas a par do assunto. Sem nenhuma intercorrência, a expectativa é de um prazo de dez meses de obras para a implantação do que interlocutores da empresa apresentam reservadamente como um “shopping dos caminhões”, no quilômetro (km) 10 da BR-324, em Simões Filho, há 24 km do Porto de Salvador. A empresa já teria também uma estimativa de preço, R$ 60 por veículo. A ideia da Sulog é criar um espaço que vai atender todos os veículos que movimentam cargas no porto, e não apenas contêineres (que são a imensa maioria, diga-se de passagem).
Reforço O problema agora é “combinar com os gregos”, como diria o ditado. Neste caso, muitos donos de cargas e operadores logísticos, que estão ganhando força no terreno político. “O PT entrou na história” foi a frase dita por dois opositores da obrigatoriedade do uso do pátio. Em resumo, tem gente no Centro Administrativo e em Brasília se mexendo para que o pátio não seja homologado, ou que, pelo menos o seu uso não seja obrigatório.
Infra Falando em infraestrutura logística, a Casa Civil estadual procurou empresários e entidades representativas nos últimos dias para saber quais são os projetos prioritários para o setor produtivo nos próximos anos. A ideia é apresentar hoje ao presidente Lula um retrato da infraestrutura no estado. Aqui vai uma dica, tem muita coisa a se fazer, muitos gargalos a serem retirados, entretanto a prioridade está na ponta da língua de todo mundo: ferrovias.
Carnaval descarbonizado A parceria entre a Omega Energia e a cantora baiana Ivete Sangalo começou no ano passado, quando a produtora de energia elétrica fez a compensação do carbono emitido em um show da artista em São Paulo. Agora, a relação evoluiu e o acordo se estendeu para o Carnaval. “Vamos descarbonizar o carnaval de Ivete”, diz Livia Mariz, diretora de sustentabilidade da Omega Energia. A ideia inicial era alimentar o trio a partir da energia produzida por placas solares, entretanto o consumo energético do equipamento é muito alto e ninguém iria querer arriscar a apresentação da cantora. O jeito será compensar com créditos de carbono as emissões das apresentações.
Nas mãos delas A Omega Energia, maior geradora brasileira de energia renovável, está apostando nas mulheres para a implantação de seu novo projeto na Bahia – um parque híbrido de eólica e fotovoltaica. A empresa está treinando mulheres da região de Gentil do Ouro e Xique-Xique para a montagem dos equipamentos solares. “É uma obra bem diferente da eólica, com peças menores e frágeis. Então pessoas com habilidade e delicadeza podem ajudar muito”, acredita Livia Mariz, diretora de sustentabilidade da Omega Energia. “Não que exista trabalho de homem ou de mulher”, frisa. Segundo ela, o foco nas mulheres é também um reconhecimento ao engajamento social delas. Livia conta que durante a implantação do centro de educação mantido pela Omega na região, a empresa notou um interesse muito maior por parte delas em ações transversais para o funcionamento do espaço. “São tão engajadas e querem tanto que decidimos fazer um projeto para integrar. Estamos tentando fazer um convênio para capacitação delas”, diz.
Impacto regional A Omega Energia está finalizando agora em fevereiro um estudo baseado em 50 indicadores públicos para saber qual é o impacto da operação da empresa em Gentil do Ouro e Xique-Xique. “Muito se fala sobre o pagamento de imposto, mas quando passa da fase de obras, que dura um ano, esse impacto diminui. A análise que estamos fazendo é sobre o aumento do PIB e a fatia do ICMS que é direcionada para os municípios”, explica. A Omega tem parques eólicos no interior da Bahia e vários projetos em andamento para expansão no estado.
Sinal de retomada O número de transações em restaurantes, em especial nos estabelecimentos por quilo, aumentou de janeiro a dezembro de 2022 na comparação com o mesmo período do ano anterior. Na Bahia, o crescimento foi de 12,45%, de acordo com levantamento da Sodexo Benefícios e Incentivos. “Os dados indicam uma tendência de aumento das refeições fora do lar. A gente percebe que as transações nos restaurantes por quilo aumentaram ao longo do ano e, em muitos deles, com a contribuição do vale-refeição. Acreditamos que isso é reflexo da volta ao trabalho híbrido e presencial nas empresas”, explica Antonio Alberto Aguiar (Tombé), diretor executivo de estabelecimentos da Sodexo Benefícios e Incentivos.