Coronavírus: Fera Palace Hotel fecha por conta de avanço da pandemia
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Donaldson Gomes
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Efeito coronavírus Já se sabe que o turismo deverá ser a atividade econômica mais afetada pela expansão mundial do coronavírus. Quando estão assustadas, viajar é a última coisa que passa pela cabeça das pessoas. Entre os mais experientes no setor, o momento atual é comparável ao 11 de setembro de 2011, quando a os céus se mostraram inseguros para quem voava. Agora, o problema está em terra. Por aqui, a situação provocou a primeira grande baixa. O Fera Palace Hotel encerrou ontem temporariamente as suas operações em Salvador. Em nota, a empresa informou que a medida visa preservar os seus colaboradores e hóspedes e diz que em momento oportuno o hotel retomará as suas atividades que foram iniciadas em outubro de 2017. O empresário Antonio Massafera, CEO do Fera Palace Hotel, disse numa entrevista exclusiva ao Farol Econômico que a pandemia já causava efeitos nas reservas previstas para abril e maio. “Nós acreditamos que iremos sentir essa crise de uma maneira mais intensa porque somos voltados para o público externo, mas esta situação infelizmente deve atingir também os outros hotéis de Salvador por conta das restrições a viagens, na tentativa de conter o avanço do coronavírus”, avalia.
Ajustes Massafera acredita que todos os esforços no sentido de conter a pandemia são válidos, mas apela para que os governos estadual e municipal flexibilizem os prazos para pagamentos de impostos, como o PIS, Cofins, ICMS e ISS. O que cabe ao Fera Palace fazer para enfrentar o momento está sendo feito. Diante do quadro de redução na quantidade de hóspedes, o hotel chegou a fechar temporariamente três andares na tentativa de reduzir despesas. Outras medidas tomadas foram a renegociação de pagamento de fornecedores e o adiantamento de férias para funcionários. Agora, os empregados irão entrar em férias coletivas, informa a assessoria de imprensa do Fera Palace.
Apelo Esta semana as principais entidades representativas do setor empresarial divulgaram cartas abertas enviadas ao governador Rui Costa e ao prefeito ACM Neto, pedindo ajuda para enfrentar a crise. Pedem que os governos antecipem pagamentos dos 13º salários do funcionalismo público, quitem débitos com fornecedores e flexibilizem exigências burocráticas neste momento de crise, entre outras medidas. A verdade é que o momento é delicado para todos: o poder público precisa ampliar os serviços à população e a iniciativa privada, suportar pelo menos 15 dias de faturamento zero ou perto de zero. E ainda tem os trabalhadores, torcendo para ter empregos no final deste processo.
Tecnologia Os gaúchos da startup beeIT desenvolveram um novo sistema capaz de avisar os profissionais da saúde sobre as medidas imediatas de retenção para surtos e epidemias de Coronavírus, H1N1, entre outros surtos. O Salus foi implantado de forma pioneira no Brasil na última quarta-feira, dia 18, em duas UPAS de Salvador. Novas prioridades Ano novo, vida nova. E na Lendigo, fintech de empréstimos pessoais online, os clientes indicaram novas prioridades financeiras. Há um ano, 42% dos pedidos de recursos feitos por baianos à startup financeira eram relacionados ao empreendedorismo. Agora, este número caiu para 29%. No campo oposto, o pagamento de dívidas, que representava 26% dos pedidos, passou para 43%, assumindo o primeiro lugar entre as explicações para a busca do crédito.
Chocolate A Mendoá Chocolates vai investir R$ 3 milhões para ampliar sua unidade industrial no município de Ilhéus. O incremento na capacidade de produção será de 750 quilos do produto por dia. Com a ampliação a capacidade total da fábrica saltará para 1 mil kg/dia. Além de manter os 51 empregos existentes, a previsão é que sejam criados até 30 novos empregos diretos.