ZR-V, novo SUV da Honda, tem espaço e dirigibilidade refinada
Veículo concorre com Jeep Compass, Toyota Corolla Cross e Volkswagen Taos
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Antônio Meira Jr.
antonio.meira@redebahia.com.br
A Honda está oferecendo há alguns meses o ZR-V, uma opção para o consumidor de modelos como Jeep Compass, Toyota Corolla Cross e Volkswagen Taos. Montado sobre a mesma plataforma do Civic, o ZR-V está posicionado no portfólio da marca japonesa entre o HR-V e o CR-V. Montado na mesma plataforma do Civic, o novo SUV tem em comum alguns componentes, como a suspensão dianteira. Essa semelhança com o sedã médio agrega em muitos aspectos, como na dirigibilidade e no espaço interno. Já a suspensão traseira é a mesma adotada no CR-V.
Oferecido apenas na versão topo de linha Touring por R$ 215.890, o ZR-V é muito bem equipado. São oito airbags e um bom pacote de assistentes de condução, que inclui alerta de ponto cego para o lado direito, sistema de permanência em faixa, piloto automático adaptativo, sistema de frenagem autônoma e ajuste de comutação automática para os faróis. Nas comodidades, estão inclusos teto solar, comandos elétricos para o banco do motorista e central multimídia de nove polegadas. O sistema de som tem oito alto-falantes, que conta com o auxílio do para-brisas com tratamento acústico.
SOBRE A MOTORIZAÇÃO
O propulsor 2 litros aspirado - único que equipa o veículo produzido no México - entrega 161 cv de potência a 6.500 rpm e oferece 19,1 kgfm de torque a 4.200 giros. É um conjunto que vai agradar quem pratica uma aceleração gradual, como exige o CVT. A economia de combustível é positiva: 10,2 km/l no trânsito urbano e 12,1 km/l em rodovias.
Nos Estados Unidos, onde a Honda comercializa cinco SUVs, o ZR-V é o produto de entrada, e batizado como HR-V. A possibilidade mecânica que é oferecida lá é a tração integral sob demanda (AWD), enquanto o vendido no Brasil tem tração apenas na dianteira. Na Europa há opção híbrida, mas ela custa 14 mil dólares a mais que uma versão similar vendida nos EUA.
O ALERTA DO MAIO AMARELO
Há 14 anos, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Maio Amarelo com o objetivo de destacar o mês para ações que conscientização de motoristas, ciclistas e pedestres dos perigos no trânsito. Internacional, esse movimento tem como principal objetivo promover a segurança, assim como a diminuição dos acidentes e mortes no trânsito e a escolha da cor amarela simboliza a sinalização de advertência no trânsito. De acordo com um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), dentre as principais causas de acidentes, está a falha humana – responsável por 90% deles.
O CINTO DE SEGURANÇA
No ano passado, foram registrados mais de 621 mil acidentes no Brasil com 9.912 óbitos, segundo o Ministério dos Transportes. Acidentes com carros correspondem a 60,6% dos casos, seguido pelas motocicletas, com 12,9%. Estudos da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) indicam que o uso de cinto de segurança está diretamente relacionado com a gravidade dos acidentes: o equipamento reduz o risco de morte em 45% para quem está no banco da frente e 75% para quem está no banco de trás.
FORD REVISA PLANOS DE PROPULSÃO
Há três anos, a Ford anunciou uma estratégia de comercializar apenas veículos elétricos (EV) na Europa a partir de 2030. No entanto, a adoção mais lenta do que o esperado de EVs está forçando a empresa a revisar seu plano inicial. Assim, o novo planejamento não exclui a venda de veículos com motores de combustão na próxima década, caso haja demanda suficiente - medida similar à que foi adotada recentemente pela Mercedes-Benz. O influente Automotive News Europe cita Martin Sander, gerente geral da Ford Europa, explicando que o motor a combustão poderia sobreviver até a próxima década: "Se observarmos uma forte demanda, por exemplo, por veículos híbridos plug-in, nós os ofereceremos".
ELETRIFICADOS AVANÇAM NO BRASIL
Apesar de pequeno, o mercado de veículos elétricos no Brasil está em ascensão. Em abril, foram emplacadas 6.705 unidades, crescimento de 1.090% na comparação com o mesmo período do ano passado. No quadrimestre, a soma chegou a 20.832 veículos, crescimento de 718% na comparação com o acumulado dos quatro primeiros meses de 2023.
“Apesar dos percentuais enormes, o que se dá pela base comparativa baixa, o crescimento dos elétricos puros tende a ser mais gradual, mas vem se consolidando aos poucos, especialmente, nos grandes centros urbanos”, afirma Andreta Jr, presidente da Fenabrave, entidade que representa as revendedoras de veículos zero-quilômetro.
EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS
Dos 110.991 automóveis e comerciais leves que o Brasil exportou de janeiro a abril, 38.441 foram para a Argentina. O México foi o segundo mercado que mais comprou veículos brasileiros: 30.821 unidades. Em seguida, ficaram: Uruguai (11.690), Colômbia (9.444), Chile (5.634) e Paraguai (3.157).