Picape: Ranger Black tem estilo e preço competitivo
Conheça a versão mais acessível do utilitário e saiba quando será o Salão do Automóvel de São Paulo
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Antônio Meira Jr.
antonio.meira@redebahia.com.br
Para o picapeiro tradicional, que usa o veículo sobretudo no trabalho rural, mesmo que não seja por todo o tempo, a tração 4x4 é essencial. No entanto, para outros apreciadores de picape é possível abrir mão da tração no eixo dianteiro. São clientes impactados pelo estilo aventureiro que esse tipo de carro apresenta, além da posição elevada de dirigir. E, muitas vezes, seu uso da caçamba não está associado à necessidade de transpor obstáculos.
É esse consumidor que a Ford quer conquistar a reedição da série Black, que chegou a ser oferecida na geração anterior. No entanto, desta vez a designação Black é relativa aos detalhes e não à cor da carroceria. E o primeiro acerto da marca foi o preço: R$ 219.990. Por esse valor, a Ford entrega uma cabine dupla com motor 2 litros turbodiesel que rende 170 cv de potência e 41,2 kgfm de torque. A transmissão é automática de seis velocidades. Se é seu perfil de picape, experimente.
O SUCESSO DA GERAÇÃO
Os veículos vivem de ciclos, chamados tecnicamente de geração, entre as picapes médias, a mais atualizada no momento é a Ranger. A nova geração do utilitário estreou no mercado brasileiro há pouco mais de um ano e, graças a um projeto bem-sucedido, vem crescendo nas vendas.
Atualmente, o modelo da Ford é o segundo colocado em emplacamentos no acumulado do ano, atrás apenas da Toyota Hilux. Entre janeiro e setembro, a Hilux teve 36.888 unidades licenciadas e foi seguida pela Ranger (21.124) e pela Chevrolet S10 (19.110). Esse volume da Ranger é superior ao obtido durante todo o ano passado (20.353) e cerca de 50% maior que o comercializado em 2022 (14.302).
O RETORNO DO SALÃO
Até 2018, quando aconteceu a última edição, o Salão do Automóvel de São Paulo vinha sendo realizado a cada dois anos. Veio a pandemia e o evento que estava marcado para 2020 foi adiado. Agora, vem uma boa notícia: a maior mostra automotiva do hemisfério sul estará de volta ano que vem. A confirmação veio da Anfavea, associação dos veículos automotores instalados no país, depois de uma reunião com o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, os Ministros Geraldo Alckmin, Fernando Haddad, Rui Costa e Luiz Marinho, CEOs de fabricantes associadas e representantes de Sindicatos.
SALÃO DE VOLTA AO ANHEMBI
A edição de 2025 do Salão do Automóvel marca o retorno do evento para o Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo. É o local onde a mostra ocorreu por muito tempo até a mudança nas edições de 2016 e 2018 para o São Paulo Expo. A retomada da exposição era uma demanda do mercado e o próprio Lula cobrou de Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, a volta do evento. De acordo com Lula, o país não poderia deixar de ter uma vitrine tão importante para os veículos produzidos no país, tanto para o público interno como para os visitantes internacionais.
SALÃO COM NOVO FORMATO
Sem deixar o encanto de lado, o Salão do Automóvel, que aconteceu pela primeira vez em 1960, será reconfigurado. Como ocorre em outros eventos do tipo, como em Detroit e Los Angeles nos Estados Unidos, ou em Paris, na França, e Munique, na Alemanha, a interação do público com os carros e tecnologias deve ser fortemente ampliada. Anote na agenda: a abertura será dia 22 de novembro e o encerramento dia 1º de dezembro do próximo ano.
O RETORNO DO GOLF
Além do Salão do Automóvel, outro anúncio empolgou os amantes de carros: o VW Golf será novamente comercializado no Brasil, o que não acontece desde 2019. O hatch estará de volta às concessionárias na configuração GTI, que atualmente entrega 265 cv de potência e 37,7 kgfm de torque gerados por um motor 2 litros turbo. A tração é dianteira e a transmissão tem sete marchas e dupla embreagem.
ADEUS, RATAN
Faleceu na quarta-feira, aos 86 anos, Ratan Tata. O empresário indiano liderou o Grupo Tata, fundado por seu avô em 1962, de 1991 a 2012, fazendo-o crescer até a aquisição da Jaguar e da Land Rover, em 2008. Atualmente, os fabricantes britânicos seguem no grupo indiano.