Picape elétrica: Tesla lança a Cybertruck
Conheça o utilitário que tem uma configuração com 845 cv e acelera de 0 a 100 km/h em 2,6 segundos
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Antônio Meira Jr.
antonio.meira@redebahia.com.br
Líder global na venda de carros elétricos, a Tesla mostrou sua primeira picape no final de 2019. Na época, Elon Musk, presidente da empresa, anunciou que o utilitário entraria em produção em 2021. No entanto, o projeto atrasou e só agora a Cybertruck começou a ser comercializada. Porém, a picape ficou 50% mais cara que quando anunciada, há quatro anos.
A opção mais acessível do utilitário tem autonomia para rodar até 400 quilômetros e custa 60.990 dólares, o equivalente a R$ 300 mil. Nos Estados Unidos, por conta de incentivos para veículos com emissão zero, o preço inicial pode cair para até 49.890 dólares - ou R$ 246 mil na conversão direta. Mas essa opção da Cybertruck está programada para estrear somente em 2025. Dessa forma, o americano que quiser agora o veículo tem à disposição apenas uma versão. Ela tem 600 cv de potência, tração integral e autonomia de 550 km. Custa 79.990 dólares, sem os incentivos. Para o ano que vem, a empresa de Musk promete uma versão com 845 cv de potência, que acelera de 0 a 100 km/h em 2,6 segundos. É a opção mais cara, custará 99.990 dólares.
VENDA DIRETA X VAREJO
As vendas de automóveis e comerciais leves destinadas a locadoras, taxistas, produtores rurais e empresas, corresponderam a 51,23% dos veículos novos em novembro. Ou seja, 103.305 veículos emplacados no último mês não foram destinados a pessoas físicas, foram tratados via venda direta. Esse é o maior percentual do ano e demonstra uma menor rentabilidade para os fabricantes.
DISPUTA POR MODELO
O modelo mais emplacado na venda direta foi a Fiat Strada, com 8.218 unidades. A picape foi seguida pelo Hyundai HB20 (7.595), segundo colocado, e Volkswagen Polo (7.216), que fechou o mês na terceira posição. O Renault Kwid (5.452) foi o quarto e o Chevrolet Onix (5.364), o quinto. Por outro lado, o campeão de vendas no varejo foi o Hyundai Creta, com 5.850 exemplares. O SUV, que é produzido em Piracicaba (SP), ficou na frente de dois modelos da Chevrolet: Onix (4.438) e Tracker (4.102), respectivamente segundo e terceiro colocados. Na sequência, na quarta e quinta posições, vieram o Jeep Compass (4.085) e o Honda HR-V (3.571).
O PODER DAS LOCADORAS
Conforme levantamento da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), as empresas de aluguel de carros que atuam no Brasil vão terminar 2023 com uma frota de 1.560.000 automóveis e comerciais leves, a maior já registrada na história do setor no país. A entidade divulgou o balanço parcial da atividade em 2023, junto a projeções e tendências para o setor. De janeiro a outubro, por exemplo, o total de compras de veículos zero-quilômetro por locadoras atingiu 436.579 unidades, equivalentes a 24,76% de todos automóveis e comerciais leves vendidos pelas montadoras neste ano no Brasil.
IVECO CRESCE NO PAÍS
A Iveco está comemorando o ótimo desempenho que conquistou neste ano, que superou 10% de participação no mercado de veículos comerciais. De acordo com Márcio Querichelli, presidente da Iveco para a América Latina, a marca projeta seguir crescendo no próximo ano com incremento na produção, ampliação da frota conectada, expansão da rede com centros especializados e início das vendas do portfólio movido a propulsão alternativa. O executivo destacou também a participação de 35,7% do Daily no segmento de chassi-cabine.
FORD AMPLIA VENDAS
A Ford apresentou um balanço positivo e festeja crescimento de 40% nas vendas no país, acima da indústria, que até o momento cresceu 10,67%. Ao longo do ano, a empresa promoveu vários lançamentos no país, incluindo a picape F-150 e o Mustang Mach-E, seu primeiro carro elétrico. Porém, o maior destaque foi a chegada da nova geração da Ranger. “A Ranger cresceu 38% em volume de janeiro a outubro, muito acima dos 2,6% do segmento. Além de atingir recorde histórico de participação em outubro, ela também tem apresentado os melhores índices de qualidade na categoria”, disse Daniel Justo, presidente da Ford América do Sul. É o segundo ano que a empresa tem lucro no país após o fechamento das fábricas em 2021.
VOLVO QUER CRESCER
Mesmo com a volta da cobrança do imposto de importação para veículos eletrificados, a Volvo prepara uma ofensiva no mercado brasileiro para o ano que vem. O fabricante sueco espera comercializar 17 mil veículos em 2024, sendo 8 mil do EX30, o elétrico que chegará primeiro semestre.