60% dos compradores de elétricos da Ford são novos na marca
Para vice-presidente da empresa, o Mustang Mach-E é um produto de tecnologia com um carro incorporado
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Antônio Meira Jr.
antonio.meira@redebahia.com.br
Em uma conversa com jornalistas brasileiros e argentinos em Detroit, Estados Unidos, Darren Palmer, vice-presidente da divisão de veículos elétricos da Ford, explicou o sucesso do Mach-E, próximo lançamento da empresa para o Brasil. Na visão do executivo, o crossover "é um produto de tecnologia com um carro incorporado". Orgulhoso do primeiro EV da empresa, Palmer declarou que "no início do ano, tivemos que aumentar a produção por três vezes. Então, desativamos a fábrica, aumentamos três vezes e voltamos a funcionar imediatamente. As vendas cresceram 61% e é o segundo veículo elétrico mais vendido na América". Atualmente, no Estados Unidos, o Mustang Mach-E só fica atrás do Tesla Model Y.
NOVOS CONSUMIDORES
Até 2027, a Ford terá investido 50 bilhões de dólares, o equivalente a R$ 250 bilhões, em novos produtos. "E isso se aplica a um conjunto totalmente novo de produtos de tecnologia e veículos elétricos. Cada um deles é uma mudança de jogo trazendo algo que nunca existiu no mundo", explicou Darren Palmer. Atualmente, mais de 60% das vendas dos veículos da marca não são para antigos compradores da Ford. 85% desses clientes são novos em carros elétricos e cerca de 50% são novos em picapes, no caso da F-150 Lightning. Sobre ela, o executivo deu um depoimento pessoal "mudei-me para a América há 6 anos e não tinha picape. Eu tenho uma Lightning e é o melhor carro que já tive. E é por causa do porta-malas dianteiro, onde eu carrego as coisas que compro no dia a dia, etc. A traseira é para todos os brinquedos da criançada e para o surf, as coisas infláveis e é para diversão, né? É tão versátil". A F-150 elétrica ainda não tem previsão de venda no Brasil.
MAIS VENDIDOS NO BRASIL
A picape Strada, da Fiat, foi o modelo mais emplacado em setembro no mercado brasileiro. Foram 12.835 unidades licenciadas no último mês, o que deixou o utilitário bem à frente do Volkswagen Polo (9.515) e Chevrolet Onix (8.033), respectivamente segundo e terceiro colocados. O Hyundai HB20 (7.622) ficou na quarta posição e o Chevrolet Onix Plus (6.788) com o quinto lugar. Da sexta à décima colocação ficaram: Chevrolet Tracker (6.537), Fiat Mobi (6.016), Fiat Argo (5.938), VW T-Cross (5.365) e Renault Kwid (5.032).
MAIS VENDIDOS NA BAHIA
No mercado estadual, a Fiat Strada repetiu o bom desempenho e fechou setembro na primeira posição com 508 licenciamentos. Na segunda posição, com 258 unidades emplacadas, ficou o Hyundai Creta. Em terceiro lugar, outra picape da Fiat: Toro, com 218 unidades. Nas duas posições seguintes, dois SUVs: Chevrolet Tracker (202) e Nissan Kicks (193). Do sexto ao décimo colocado ficaram: Toyota Corolla Cross (184), Chevrolet Onix (172), Toyota Hilux (171), VW Polo (170) e Toyota Corolla (156).
HÍBRIDOS EM ALTA, ELÉTRICOS EM BAIXA
De acordo com um balanço da Anfavea, associação dos fabricantes de veículos, os emplacamentos de veículos leves híbridos cresceram no país. Até setembro, foram licenciadas 49,8 mil unidades de modelos com esse tipo de motorização. Esse resultado representa alta de 22,5% sobre o acumulado entre janeiro e setembro do ano passado. Já no caso dos modelos elétricos, os emplacamentos até setembro somaram 7,7 mil unidades, 8% a menos do que o volume de licenciamentos do mesmo período de 2022.
MITSUBISHI REDUZ PREÇOS
A linha 2024 do Eclipse Cross ficou até R$ 29 mil mais barata. A opção mais acessível, a GLS, passou de R$ 195.990 para R$ 169.990, redução de 26 mil. A configuração HPE-S S-AWC, topo de linha, passou de R$ 248.990 para R$ 219.990. No total, são seis opções para o SUV, que utiliza sempre o motor 1.5 litro turbo, que entrega 165 cv de potência, e transmissão automática. A tração pode ser dianteira ou integral. De acordo com a HPE Automotores, empresa que produz, importa e distribui os modelos da Mitsubishi no Brasil, esse reposicionamento foi possível "após estudos e negociações com a matriz da marca no Japão". Apesar da montagem nacional, o Mitsubishi Eclipse Cross recebe muitos componentes importados do Japão.
O SUCESSO DA JEEP NO BRASIL
A marca Jeep, comandada pelo grupo Stellantis, que produz no Brasil desde 2015, quando lançou o Renegade, conseguiu construir uma relação muito forte com o país. Atualmente, o Brasil é o segundo maior consumidor dos seus produtos no mundo e é aqui onde tem a maior participação de mercado.