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Um passo decisivo para a inclusão


 

A taxa de desocupação das mulheres pretas ou pardas no Brasil era de 14%, enquanto das mulheres brancas, 9,2%

Publicado em 01/08/2024 às 05:00:00

O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho, marca conquistas e desafios que estas mulheres enfrentam, inclusive no mercado de trabalho. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) de 2022, a taxa de desocupação das mulheres pretas ou pardas no Brasil era de 14%, enquanto das mulheres brancas, 9,2%. Se comparado aos homens brancos, a discrepância é ainda maior: apenas 6,3% deles estavam desocupados no período.

Outro dado alarmante da pesquisa realizada pelo IBGE é em relação ao rendimento salarial. As mulheres pretas ou pardas ganhavam em média R$ 1.781, enquanto as mulheres brancas, R$ 2.858, e os homens brancos, R$ 3.793. Apesar destes números, vale destacar empresas que têm se comprometido a mudar este cenário. A Braskem, por meio do seu Programa de Diversidade, Equidade e Inclusão, é um exemplo de como ações afirmativas podem transformar o ambiente corporativo e a sociedade.

Uma das premissas é ser, cada vez mais, uma empresa inclusiva e acolhedora, garantindo oportunidades iguais para todos. O compromisso da companhia é alcançar, até 2030, metas ambiciosas: 40% de mulheres em cargos de liderança, 12% de mulheres operadoras e 40% de pessoas negras, além de assegurar um ambiente de trabalho inclusivo e livre de preconceitos.

As ações são alinhadas aos princípios da ONU Mulheres e do Pacto Global. Exemplo disso é o aumento do protagonismo feminino nos diferentes setores da empresa. Na Bahia, 27% dos integrantes da Braskem são mulheres, 34% ocupam cargos de liderança. A presença feminina é notável em todas as funções: operadoras, engenheiras, técnicas, coordenadoras, gerentes, diretoras industriais e até vice-presidente.

Quanto à raça e etnia, 77% das pessoas nas operações da petroquímica na Bahia são negras, conforme dados de dezembro de 2023. Em 2024, deu-se início ao acompanhamento de indicadores de Diversidade, Equidade e Inclusão, como o número de pessoas negras em cargos de liderança.

As ações afirmativas se estendem ao ingresso de estudantes na empresa, por meio do Programa de Estágio. Para tornar o processo ainda mais inclusivo, a exigência de inglês foi retirada da maioria das vagas, e a empresa passou a oferecer cursos de inglês para estagiários de baixa renda. Além disso, a avaliação de currículos passou a omitir informações como: idade, instituição de ensino e experiência prévia, enquanto o teste de raciocínio lógico foi substituído por uma trajetória de tomada de decisão.

Os resultados dessas iniciativas já são vistos. Em abril de 2024, o percentual de estagiários negros da Braskem na Bahia era de 81,7%, se aproximando a realidade demográfica local. Essas ações são um passo decisivo para a inclusão, provando que é possível criar um ambiente corporativo mais justo e igualitário.