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Carnaval Ouro Negro é lançado no Centro Histórico de Salvador


 

O evento aconteceu no Largo Quincas Berro D'Água na tarde desta terça-feira (16)

  • Gilberto Barbosa

Publicado em 16/01/2024 às 22:29:29
Carnaval Ouro Negro é lançado no Pelourinho. Crédito: Paula Fróes/CORREIO

O Carnaval Ouro Negro foi lançado na tarde desta terça-feira (16), no Largo Quincas Berro D’Água, no Pelourinho. A edição desse ano tem como tema “50 Anos de Blocos Afro, Nossa Energia é Ancestral”, em referência aos 50 anos do bloco Ilê Aiyê. No evento estavam representantes dos blocos afro, além de autoridades do governo.

A edição de 2024 é a décima quinta do edital, que tem como objetivo fomentar a participação de grupos de matrizes africanas e de povos tradicionais no carnaval. Para esse ano foram destinados cerca de 15 milhões de reais para grupos de Salvador, Feira de Santana e outras cidades no interior do estado. O investimento é o maior da história do edital.

O evento começou com a apresentação do bloco de índio Commanche do Pelô. Em seguida, representantes dos grupos Bankoma, Alvorada e Quixabeira da Matinha, que se apresentou em seguida. “Esse apoio é muito importante. Agora as entidades podem trabalhar durante o ano em prol da cultura”, aifrma Guda da Quixabeira, vocalista da Quixabeira da Matinha.

Outro grupo que se apresentou no evento foi o Malê Debalê. O bloco escolheu o tema “O Nordeste é Tudo de Bom” para o Carnaval 2024. Segundo o presidente, Claudio Araújo, o tema foi pensado para representar a força da cultura local. “É um momento ímpar para a cultura da Bahia, a difusão do que sempre pensamos enquanto representantes do movimento negro e fazedores de cultura”, disse. O Malê Debalê vai desfilar nos circuitos do Campo Grande, Barra e em Itapuã, bairro de origem do grupo.

O programa é realizado pelas secretarias de Cultura (Secult) e de Promoção à Igualdade Racial (Sepromi). O secretário da Secult, Bruno Monteiro, conta que o planejamento começou na Quarta-Feira de Cinzas. “Esses blocos representam a nossa identidade e a cultura raiz. Eles trazem a origem e o DNA da formação cultural da Bahia e do Brasil”, contou.

Para a secretária de Promoção à Igualdade Racial (Sepromi), Ângela Guimarães, os blocos afro representam a singularidade da cultura baiana em relação ao resto do Brasil. “Esses blocos preservaram de forma mais autêntica a influência africana. Seja no nosso modo de viver, nos trabalhos comunitários que as agremiações desenvolvem”, afirmou.

O governador Jerônimo Rodrigues esteve no evento e avaliou o impacto da ampliação do edital. “Hoje nós apresentamos para a sociedade esse resultado. Esses blocos têm um papel muito importante de manter a cultura da Bahia e o fortalecimento da ancestralidade e da força do povo negro”, disse.