Após atraso de 2h, Bell Marques puxa o trio 'Vumbora' com multidão na Barra
O cantor abriu a folia com sucessos "Se me chamar, eu vou", "Voa voa" e "Diga que valeu"
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Elaine Sanoli
'Se me chamar, eu vou'. Mesmo com atraso de 2h15min, o bloco 'Vumbora' guiado por Bell Marques saiu do Farol em direção ao circuito Barra-Ondina levando uma multidão neste sábado (10). O cantor subiu ao trio pedindo desculpas aos fãs.
"Eu tenho certeza que a essa altura, todos os trios elétricos estão super cansados, porque todo mundo estava esperando desde cedo, mas sabemos como vocês também estão. Sei que está todo mundo muito tenso, mas vamos subir numa boa e fazer um Carnaval lindo", pediu o cantor. "Eu tenho certeza que nós vamos fazer uma festa linda, só precisamos agora ter paciência".
O cantor abriu a folia do 'Vumbora' com sucessos "Se me chamar, eu vou", "Voa voa" e "Diga que valeu", fazendo os foliões de dentro e fora das cordas pularem em êxtase.
Esbanjando a irreverência, quase que como a do próprio artista, o publicitário Ramiro Azevedo, 40, chegou à concentração do trio fantasiado do ídolo: uma peruca com longos cachos escuros e a clássica bandana como Bell Marques sempre usa. De Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, ele veio à Salvador para acompanhar, pela primeira vez, o bloco ‘Vumbora’. Ramiro experimentou a fantasia há cerca de oito anos atrás, e de tanto que gostou, não parou de repetir todos os anos seguintes.
E de onde veio tanta admiração? Ramiro conta que desde os anos 90, quando o axé chegou com mais força ao sul do país se encantou com a energia do baiano nos vocais. “Bell tem uma empolgação que é típica do baiano, do Carnaval de Salvador, que eu admiro muito, tem uma guitarra pegada que tira todo mundo do chão e ele é muito carismático também, então é uma empolgação mesmo”.
Mas nem o atraso foi capaz de acabar com a animação dos foliões. "É agora que a animação começa", ouve-se de foliãs superansiosas para subir a Avenida atrás do trio.
Gente de todo o Brasil se reuniu em Salvador para ouvir o baiano, que puxa o trio pela décima vez solo, após saída da banda Chiclete com Banana em 2014.
O administrador belenense Felipe Serra, 36, acompanha Bell Marques desde desde 2001. Ele conta que é fã desde a época em que Bell fazia parte do Chiclete. A saída da banda, no entanto, não diminuiu o amor pelo músico, continuar acompanhando o axé do camaleão ainda é mágico. Ir atrás do ‘Vumbora’, pela segunda vez neste carnaval tem um gostinho de “como se fosse a primeira vez”. “É a quarta vez [que o acompanho no carnaval], mas toda vez parece que é a primeira. Eu sempre me emociono quando eu ouço o primeiro acorde dele, quando ele começa a cantar. A primeira música logo já dá aquela emoção”.
Foi na mesma época em que Bell deixou o Chiclete, que a jornalista Maria Paula Fonseca , 41, deu início à tradição de acompanhar o cantor em pelo menos dois, dos seis dias de folia. Soteropolitana, com mais de 20 carnavais no histórico, Maria, junto ao marido, afirma que nenhum outro bloco tem a mesma energia que o do cantor. “Passo o ano esperando esse dia. Quando começa a tocar, é a sensação de liberdade, alegria. É realmente algo inexplicável, só com o Bell, no Carnaval do Salvador, que eu consigo sentir isso”, conta.
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