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TCE/BA passa a aplicar inteligência artificial na auditoria de convênios


 

A perspectiva do órgão é de aumento da percepção de controle e do zelo dos gestores para a boa aplicação dos recursos públicos

  • Da Redação

Publicado em 19/09/2022 às 16:01:00
Atualizado em 19/05/2023 às 04:54:25
. Crédito: Divulgação

O Núcleo de Inteligência do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE/BA), composto por auditores e por analistas de tecnologia da informação, desenvolveu um modelo preditivo, com a utilização de inteligência artificial com foco nas auditorias de convênios. O Tribunal de Contas passou a fazer uso do novo modelo para selecionar, já no momento da celebração dos convênios, aqueles que serão acompanhados de forma mais próxima e desde o início da execução das ações previstas, visando prevenir a ocorrência das falhas.

A perspectiva é que essa nova sistemática de atuação do TCE aumente a percepção de controle e também o zelo dos gestores para a boa aplicação dos recursos públicos e na elaboração das prestações de contas.

O presidente do TCE/BA, conselheiro Marcus Presidio, ao falar sobre a iniciativa, afirmou que a Corte de Contas tem promovido todos os esforços para que a tecnologia da informação seja um elemento catalisador para o desenvolvimento e a produtividade, acrescentando: “Por isso, vejo com muito entusiasmo o lançamento desse novo projeto para uso da inteligência artificial na auditoria dos convênios. Espero que essa iniciativa depois seja estendida para outras atividades de controle, para que possamos prestar serviços e oferecer retornos melhores e mais eficientes para a sociedade”.

O modelo preditivo, de forma simplificada, é uma lógica matemática que, aplicada a uma quantidade de dados, identifica padrões históricos de comportamento e oferece uma previsão sobre as perspectivas futuras. Foram utilizados os dados históricos sobre os órgãos e unidades que repassam recursos a título de convênios, sobre as entidades que recebem recursos estaduais e, principalmente, sobre o histórico de julgamento das contas nos órgãos colegiados e dos gestores a fim de se estabelecer a probabilidade de determinado convênio ter as contas desaprovadas por este Tribunal.

Para verificar o grau de assertividade desse novo modelo, foram realizados testes com os julgamentos realizados pelas câmaras do Tribunal, no período de fevereiro a julho de 2022. E o resultado é que o foram registrados 87% de acerto. Ou seja, quando o modelo disse que um determinado termo de convênio tinha probabilidade de ter as contas desaprovadas ele acertou quase nove em cada dez casos.

O objetivo é produzir um relatório, mensalmente, com aqueles convênios que o modelo preditivo indicou como tendo uma expectativa de provável desaprovação futura, para que os auditores possam acompanhar de forma tempestiva e contribuir para que a administração previna a ocorrência das falhas.