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Suspeita de matar policial com facada em Camaçari é presa


 

Agente foi morto com golpe no braço dentro da própria casa

  • Gil Santos

Publicado em 01/12/2018 às 14:38:00
Atualizado em 23/05/2023 às 22:55:08
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Xuxa foi morto com uma facada no peito (Foto: Reprodução) A mulher suspeita de matar o policial civil Roberto Carlos Neves Rocha, 51 anos, identificada como Laura Tavares de Oliveira, 29 anos, se entregou à polícia no início da tarde deste sábado (1º) e foi presa. A mulher, que deu uma facada no agente, na noite desta sexta-feira (30), chegou acompanhada de um advogado à 18ª Delegacia (Camaçari) - a informação foi confirmada ao CORREIO pela delegada plantonista da unidade.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), Laura alegou para a polícia que a motivação para o crime foi um desentendimento entre os dois. Ela, que não tem histórico criminal, vai ficar presa temporariamente.

O crime aconteceu na noite desta sexta-feira (30), na Rua Nova do Natal, bairro Bomba, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Roberto Carlos era conhecido entre os amigos como Xuxa e foi golpeado durante uma discussão dentro de casa que, segundo a SSP, era onde a vítima morava.

O agente chegou a sair do imóvel e entrar no próprio veículo, modelo Mitisubishi ASX, de onde pediu ajuda a colegas de profissão. Xuxa, no entanto, não resistiu e morreu dentro do carro antes de receber os primeiros-socorros.

Com o policial, o Departamento de Polícia Técnica (DPT) encontrou uma pistola da marca Taurus, de uso profissional, além de três carregadores municiados e uma carteira com documentos pessoais. Tudo foi entregue na 18ª Delegacia, a mesma em que Laura se apresentou. Laura se entregou à polícia (Foto: Reprodução) Em nota, o Sindicato lamentou o ocorrido. “O Sindpoc lamenta a profunda perda brutal deste guerreiro. Nos colocamos a prestar todo o apoio aos familiares neste momento de extrema dor. Vale salientar que estaremos acompanhando de perto as investigações nos colocando à disposição para qualquer ajuda.  O Sindpoc e toda a Polícia Civil da Bahia está de luto”. O investigador ingressou na Polícia Civil da Bahia em 1992. 

Ele trabalhou no interior do estado, como nos municípios de Pojuca e São Francisco do Conde. Em Salvador, passou pelas unidades policiais de Periperi, Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur), Grupo Especial de Repressão a Roubos em Coletivos (Gerrc) e, atualmente, era lotado na 26° Delegacia (Abrantes).

O corpo de Roberto Carlos será sepultado neste domingo (2), no cemitério Bosque da Paz, às 16h30. Ele é casado e deixa, além da viúva, e filhos.