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Professora baiana desabafa sobre ataque à creche de SC: 'lutamos para salvar'


 

Ela presenciou o crime e relatou como os funcionários da creche Cantinho Bom Pastor tentaram salvar os alunos

  • Da Redação

Publicado em 05/04/2023 às 20:01:00
Atualizado em 13/04/2023 às 00:20:05
. Crédito: Eduardo Valente/Secom

A baiana Maria Célia Bezerra de Souza, de 56 anos, é uma das professoras da creche onde ocorreu o ataque que acabou com a morte de quatro crianças, em Blumenau, em Santa Catarina. Ela presenciou o crime e relatou como os funcionários da creche Cantinho Bom Pastor tentaram salvar os alunos.

"Nós tivemos momentos de terror, queríamos ter salvado todas as crianças. Foi muito horrível ver aquela criatura horrível pulando o muro da escola e vir no parque em direção das crianças para atacá-las", disse em entrevista à TV Bahia. "Nós corríamos, puxávamos um, puxávamos outro. Foi muito terrível, lutamos para salvar todas, só não conseguimos salvar quatro."

Maria Célia é natural de Ilhéeus, no sul do Estado, e mora em Santa Catarina desde janeiro de 2020.

Vítimas

Quatro crianças foram mortas em um ataque a uma creche em Blumenau, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. O ataque aconteceu  na manhã desta quarta-feira (5).

Segundo informações do g1, uma pessoa invadiu a creche Bom Pastor e atacou crianças que estavam no local e depois se entregou no Batalhão da PM, segundo o delegado geral de polícia de Santa Catarina, Ulisses Gabriel.

"A Delegacia de Repressão a Crimes de Informática tem expertise na extração de dados de telefone e computadores. A gente quer identificar se tem mais algum participante. Se mais alguém participou. Como ele tramou esse plano. Onde ele obteve informações", disse o delegado-geral.

Conforme recomendação da Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca), o CORREIO optou por não divulgar fotos, vídeos, nomes ou outras informações que detalhem a vida do criminoso ou como ocorreu o crime. Resultados de pesquisas recentes indicam que a divulgação pode gerar o “efeito contágio”, ou seja, colaborar para que o caso sirva de inspiração para outros atentados.