Mesmo com escala da violência, Rui Costa tirou quase R$ 1 bilhão da PM e reduziu servidores da Segurança Pública
A Bahia teve mais que o dobro dos assassinatos em relação a São Paulo (2.954 casos), Minas Gerais (2.385) e Rio de Janeiro (2.673) em 2021
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Da Redação
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A Polícia Militar do Estado da Bahia viu seu orçamento cair em quase R$ 1 bilhão desde que Rui Costa (PT) assumiu o governo do Estado em 2015. Naquele ano, o orçamento era de R$ 3,09 bilhões, patamar que o petista não conseguiu manter em 2022, cujo rubrica caiu para R$ 2,28 bilhões - uma diferença de R$ 810 milhões. A redução significativa do investimento foi inversamente proporcional ao aumento dos indicadores de violência, que colocam a Bahia como líder em número de homicídios no Brasil.
O dado mais recente é o do DataSUS (banco de dados oficial do Ministério da Saúde), divulgado nesta segunda-feira (10) pelo Centro de Pesquisa em Direito e Segurança (Cepedes), registrando 6.371 assassinatos em 2021 na Bahia, o que representa quase o dobro do que o segundo colocado, Pernambuco, que teve 3.356 casos.
De acordo com a pesquisa, a Bahia esteve entre os sete estados que tiveram aumento de casos, quando todos os demais caminharam na contramão, reduzindo as ocorrências entre 2020 e 2021. A Bahia, inclusive, computou mais que o dobro dos assassinatos em relação a São Paulo (2.954 casos), Minas Gerais (2.385) e Rio de Janeiro (2.673).
Nesses dois últimos anos o orçamento da PM já estava em franca desaceleração com para R$ 2,9 bilhões e R$ 2,83 bilhões, respectivamente.
O Cepedes aponta que houve redução de 11,09% nos números gerais do Brasil em 2021, com 42.391 homicídios contra 41.950 registrados em 1998, indicando melhor resultado em números absolutos.
A redução do orçamento da PM foi acompanhada também pela baixa no número de servidores lotados na Secretaria de Segurança Pública (SSP). Em 2015 eram 40 mil ativos, contra 38 mil em 2022. Nesse intervalo, a quantidade de inativos saltou de 14 mil para 21 mil.
“Isso mostra que o PT nunca tratou a segurança com responsabilidade. Pelo contrário, os números deixam claro que não deram prioridade a essa área, mesmo com a onda de violência que se instalou no estado. O governador prefere dizer que o tráfico dá emprego e o secretário de segurança pública diz que seus amigos fumam maconha para relaxar”, critica o deputado estadual Sandro Régis, líder da Oposição na Assembleia Legislativa.