'Juros a 11,25% ao ano são ameaça para recuperação econômica', alertam entidades

A CDL Salvador e a FCDL Bahia emitiram um anota se posicionando contra à decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central de aumentar em 0,50 ponto percentual a taxa Selic, os juros básicos da economia brasileira, que salta de 10,75% para 11,25% ao ano.

Para as entidades do setor produtivo, "o movimento ameaça a recuperação da economia, impõe restrições adicionais à atividade empresarial, com reflexos negativos sobre o emprego e a renda". A elevação da taxa de juros desestimula os investimentos e aumenta o aperto financeiro, num cenário em que o país bate recorde de empresas com pedido de recuperação judicial, consequentemente aumentando custos para as famílias e para quem precisa de crédito, acrescentam.

"A CDL Salvador e FCDL Bahia se unem a diversas outras entidades preocupadas com o impacto da medida. Não é demais lembrar que o Brasil tem a segunda maior taxa de juros do mundo", diz o texto.

As instituições defendem que o foco deve ser a retomada dos cortes na taxa de juros, ao invés da sua majoração. Isso permitiria que o país consiga avançar na redução do custo financeiro suportado pelas empresas, que impacta a cadeia produtiva até chegar aos consumidores. "É de interesse da nação o fortalecimento da economia brasileira, protegendo e favorecendo principalmente a população mais carente", finaliza a nota.