Jornalista Ana Calazans morre aos 55 anos, vítima de câncer
Em Salvador, ela trabalhava como coordenadora de comunicação das Obras Sociais Irmã Dulce
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Da Redação
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A jornalista Ana Calazans, de 55 anos, morreu neste domingo (28), vítima de um câncer de ovário. Ela faleceu em Maceió (AL), onde vivia com seu filho, Ian Nunes.
Entre a capital alagoana e Salvador, Ana construiu uma ponte de afetos. Na capital baiana, trabalhou como coordenadora de comunicação das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) e foi descrita por amigos como amável e gentil.
“Fomos primeiro colegas de faculdade e depois nos tornamos vizinhas e amigas pra vida. Ela é uma pessoa muito afável, uma pessoa delicada, cuidadosa com o outro. Uma jornalista brilhante”, disse a também jornalista, e amiga, Sora Maia, de 53 anos.
Ela conta que Ana passou por duas cirurgias referentes ao tratamento contra o câncer e, recentemente, foi submetida a uma pleurodese, procedimento para remover o acúmulo de fluidos no pulmão.
”Ela tinha me mandado uma mensagem na sexta-feira dizendo que tudo tinha corrido bem, que provavelmente hoje ela estaria em casa, mas ela não resistiu. Acredito que deva ter tido alguma complicação”, revela Sora.“Ana foi uma pessoa muito leve e merecia um fim leve. Com certeza ela permanece no afeto e no pensamento de todos nós”, acrescenta.Como jornalista, Ana Calazans teve destaque cobrindo a editoria de política e teve passagem pelo CORREIO.
O também colega de trabalho Ciro Brigham, 46, conta como foi a Ana que conheceu nas Osid, quando ela lhe ofereceu seu primeiro emprego em Salvador, em 2003.
“Eu posso dizer assim seguramente que, além de ser uma das melhores pessoas que eu já conheci na vida, em termos de alma, de olhar, de empatia, de compreensão do ser humano e da sociedade, ela era uma profissional fora de série também”, começa Ciro. “Era uma pessoa iluminada, uma pessoa fora do comum. Eu não conheço ninguém que não gostasse de Ana Calazans.”
Ciro ainda conta que ela tinha um orgulho enorme de trabalhar nas Osid e de representar tudo aquilo que as obras significam para a sociedade. “Ela era apaixonada por tudo aquilo, sempre foi, especialmente pela irmã Dulce, que era o seu grande exemplo”, comenta.
Ana também era apaixonada por esportes, chegando a atingir a faixa marrom de kung-fu CLF e karate Shotokan.