Irmandade do Bonfim suspende reunião que trataria de poderes do padre Edson Menezes
O documento foi escrito pelo juiz da devoção do Senhor Bom Jesus do Bonfim após "conversa com a Arquidiocese"
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Da Redação
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A Irmandade do Bonfim suspendeu a reunião que aconteceria, nesta quinta-feira (1°), para decidir sobre "mudanças de poderes" instituídos ao padre Edson Menezes, reitor da Basílica do Senhor do Bonfim.
As mudanças incluem a decisão pela assinatura da Carteira de Trabalho do padre e limitação quanto ao recebimento das arrecadações financeiras das missas de sextas-feiras e das caixas laterais da igreja.
O documento, cujo CORREIO teve acesso, foi escrito pelo juiz da devoção do Senhor Bom Jesus do Bonfim, Jorge Nunes Contreiras, após "conversa com a Arquidiocese" na última segunda-feira (29).
O juiz justifica que o encontro foi suspenso considerando que a "Arquidiocese pretende manter um canal aberto para novos diálogos, no sentido de sanar os pontos conflituosos que originaram a necessidade da convocação da reunião".
No domingo (28), o CORREIO publicou que, há cinco meses, o padre Edson Menezes, da Basílica do Senhor do Bonfim, diz sofrer "perseguição" do novo juiz da Irmandade. Na última semana, a disputa que envolve o religioso e parte da Irmandade se tornou pública e motivou reações de ambos os lados: manifestação em defesa do padre e agendamento de reunião extraordinária.
A situação começou em janeiro deste ano, quando o novo juiz da Irmandade do Senhor do Bonfim Jorge Nunes Contreiras tomou posse, dizem fiéis que frequentam a Basílica, mas piorou ao longo dos meses. Sob a condição de não ter o nome exposto pela reportagem, um integrante da Irmandade disse que uma parte minoritária, mas poderosa, do grupo "não respeita o padre".
Edson é reitor da Basílica do Senhor do Bonfim há 16 anos. Segundo ele, o novo juiz da Irmandade que administra a Igreja é "um tirano", com atitude "de confronto, rivalidade e competição comigo". Irmandade nega Em nota enviada ao CORREIO, a Irmandade negou as acusações feitas pelo religioso, segundo as quais, a nova gestão da Irmandade estaria alimentando um clima de "perseguição" e "competição". Conforme o documento, as mudanças administrativas sugeridas recentemente, que incluem a decisão pela assinatura da Carteira de Trabalho do padre e limitação deste quanto ao recebimento das arrecadações financeiras das missas de sextas-feiras e das caixas laterais da igreja, são adequações para a garantia do "cumprimento das disposições estatutárias e do Regimento Interno da Irmandade".