Dezesseis mil pescadores baianos já foram prejudicados por avanço de óleo
Estimativa é da Bahia Pesca; seguro defeso deve começar a ser pago em novembro
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Da Redação
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Com a mancha de óleo que se espalha por praias do Litoral Norte ao Litoral Sul do estado, a Bahia Pesca estima que cerca de 16 mil pescadores foram afetados de forma direta ou indireta pelos resíduos.
Os problemas vem do impedimento de se realizar a pesca e a redução da venda do pescado, já que a população fica mais cautelosa com o consumo de peixes nas áreas oleadas.
Desde a semana passada, a Bahia pesca avalia os impactos do óleo sobre a pesca e sobre os pescadores. A empresa visitou as cidades de Camaçari, Conde, Entre Rios, Esplanada, Jandaíra, Lauro de Freitas, Salvador e Mata de São João para analisar como a chegada do petróleo cru impactou quem vive da pesca.
Junto com lideranças pesqueiras das comunidades afetadas, o presidente da empresa, Marcelo Oliveira, busca ações para reduzir os impactos do desastre ambiental. As partes se reuniram na última segunda-feira (21).
Foi decidido que mariscos e peixes coletados nas localidades oleadas vão ser analisados na Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental do Estado da Bahia. Assim, será possível determinar se o pescado é próprio para consumo.
A equipe técnica da Bahia Pesca foi para o litoral para realizar o levantamento dos impactos. Os dados vão ser enviados para o Comando Unificado de Incidente para que sejam estabelecidas políticas compensatórias emergenciais.
Seguro Defeso Durante o período de reprodução das espécies, os pescadores profissionais recebem o seguro defeso. Com o óleo nas praias e no mar do Nordeste, aqueles que vivem da pesca artesanal nos locais afetados também vão receber o auxílio. Cerca de 60 mil profissionais devem ser beneficiados pelo apoio.
A antecipação do seguro foi anunciada pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, na última quarta-feira (16). Com o valor de um salário mínimo (R$ 998), a estimativa é que o governo federal desembolse R$ 59 milhões para atender todos os trabalhadores.
O secretário de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Jorge Seif Júnior, afirmou que o auxílio deve começar a ser pago em novembro. Ainda segundo ele, os últimos detalhes ainda são discutidos entre Ministério da Economia e da Agricultura.
Apenas os pescadores que recebem o seguro defeso marítimo, aqueles que trabalham no mar, podem se beneficiar da antecipação do auxílio, segundo a Agência Brasil.
O governo reforçou os protocolos de fiscalização dos pescados e frutos do mar que passam pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF), que avalia a qualidade dos produção de alimentos de origem animal. Quando aprovados, os produtos aprovados recebem o selo de aprovação.