Cinco pessoas são indiciadas por morte de funcionário de pousada de luxo em Jaguaripe
Investigação da morte de Leandro Troesch, dono da 'Paraíso Perdido' segue em andamento
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Da Redação
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A Polícia Civil divulgou, nesta sexta-feira (1°), que concluiu nessa semana o inquérito da morte de Marcel a Silva Vieira, conhecido como "Billy, que trabalhava em uma pousada de luxo Paraíso Perdido, em Jaguaripe, no Recôncavo Baiano. Cinco pessoas foram indiciadas por homicídio.
A Polícia Civil informou que o inquérito foi encaminhado para o Ministério Público da Bahia (MP-BA) na última quarta-feira (30). Os nomes das pessoas indicadas não foram divulgados por causa da Lei de Abuso de Autoridade.
Ainda sobre a morte de Marcel da Silva, o Billy, na terça-feira (29), mais uma suspeita de envolvimento na morte do funcionário foi presa. De acordo com o delegado Rafael Magalhães, responsável pelas investigações, a mulher, identificada como Jania dos Santos Santana, tinha um envolvimento afetivo com a vítima. A suspeita é que ela tenha atraído ele para que o crime fosse cometido.
Até o momento, três pessoas foram presas pela morte de Billy. Além de Jânia, um homem identificado como Alan foi preso, e um adolescente de 17 anos, foi apreendido.
Ainda de acordo com a PC, a investigação da morte de Leandro Troesch, dono da pousada "Paraíso Perdido" segue em andamento. O corpo dele foi encontrado com uma marca de tiro na cabeça em um dos quartos da pousada. A polícia investiga se foi suicídio ou homicídio.
Entenda o caso O empresário baiano Leandro Silva Troesch morreu com um tiro na cabeça no dia 25 de fevereiro. Ele era um dos donos da famosa Pousada Paraíso Perdido, em Jaguaripe, no Recôncavo Baiano.
De acordo com informações da Polícia Militar, Leandro foi encontrado caído e com o ferimento provocado pelo tiro dentro da própria pousada. Eles isolaram o local e acionaram o Departamento de Polícia Técnica para remoção do corpo e realização da perícia.
Acostumado com os holofotes e a vida glamourosa que levava na cidade de Jaguaripe, na região do Recôncavo Baiano, Leandro foi preso em fevereiro do ano passado, ao lado da companheira Shirley da Silva Figueredo. O casal estava dentro da pousada quando foi surpreendido pela polícia e, na época, a defesa lutava pela soltura, alegando prescrição do crime. Eles foram sentenciados pelos crimes de roubo e extorsão mediante sequestro contra a uma mulher em Salvador. O crime foi cometido em 2001.
Leandro e Shirley viviam uma vida normal, apesar de terem sido condenados em segunda instância pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) em 2010 a 14 e 9 anos de prisão, respectivamente, em regime fechado. Apesar disso, os dois estavam foragidos, mas viviam publicando fotos normalmente nas redes sociais.
Após a morte de Leandro, a pousada suspendeu todas as reservas feitas para o período de Carnaval, justificando apenas que houve um "gravíssimo acidente sofrido pelo proprietário". Não há informações sobre como ficará a situação dos clientes.
Billy, funcionário de Leandro Silva Troesch, foi assassinado a tiros no mesmo dia em que prestaria depoimento sobre a morte do patrão. A vítima foi encontrada morta no dia 6 de março, no distrito de Camassandi, no mesmo município.
O delegado Rafael Magalhães detalhou que a vítima era amigo e considerado o "braço direito" do empresário Leandro Silva Troesch. Billy chegou a ser ouvido pela polícia após a morte de Leandro, mas seria ouvido mais uma vez no dia 6.
Relembre o crime do casal O CORREIO teve acesso às informações do processo que apura as acusações contra Leandro e Shirley. Outras três pessoas contam como réus. São elas: Joel Costa Duarte, Carlos Alberto Gomes de Andrade e Júlio da Silva Santos. De acordo com a Justiça, Joel abordou a vítima no dia 10 de maio de 2001, quando ela estacionava o carro na porta de casa, no bairro de Itapuã, por volta das 18h30. Eles tomaram o veículo da vítima e a mantiveram no carro enquanto eram efetuados saques de dinheiro em caixas eletrônicos.
Ao verificar o saldo bancário da vítima, Joel arquitetou a extorsão mediante sequestro, ficando a cargo de Júlio mantê-la em cárcere privado, primeiro no Motel Le Point, em Itapuã, depois numa casa situada na Praia de Ipitanga, em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador (RMS), alugada ao próprio Joel e a dois comparsas, neste caso, Leandro e Shirley.
Enquanto mantida em cárcere privado, a vítima foi alvo de reiteradas ameaças de morte feitas por Júlio, somente sendo liberada após o pagamento do resgate de R$ 35 mil. No processo consta que Leandro que conduziu o veículo da vítima e fez os saques. Já Shirlei, foi a responsável por buscar o pagamento do resgate.
As armas utilizadas na prática dos crimes pertenciam aos dois Joel e Júlio, que conseguiram fugir na ocasião. No entanto, Leandro, Shirley e Carlos Alberto foram presos em flagrante. Posteriormente o casal passou a responder pelos crimes em liberdade, até a justiça ter voltado atrás em 2018.