Investigada por morte em pousada de luxo, Maqueila é transferida de Sergipe para a Bahia
Ex-detenta seguirá para a Dercca, onde mulheres investigadas são mantidas provisoriamente sob custódia
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Da Redação
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Maqueila Santos Bastos, uma das pessoas investigadas na morte de Leandro Troesch, encontrado morto em uma pousada de luxo em Jaguaripe, no baixo sul da Bahia, já está em Salvador para ser ouvida nesta terça-feira (5). Ela foi transferida de Aracaju (SE). Ao chegar na capital, a mulher foi levada para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), onde passou por exame de corpo delito. Em seguida, de acordo com a polícia, ela foi encaminhada para a Delegacia Especial de Repressão a Crimes conta a Criança e Adolescente (Derrca), em Brotas, onde mulheres investigadas são mantidas provisoriamente sob custódia.
"Policiais da Polinter (Polícia Interestadual) saíram cedo de Salvador para buscá-la. Acreditamos que a vinda dela para à Bahia vai nos ajudar a esclarecer o que aconteceu com Leandro. Como sou responsável pelo inquérito, e a prisão foi decretada pela Comarca de Nazaré, acredito que ela será trazida para Jaguaripe [após passagem por Salvador], para ser ouvida por mim e depois encaminhada ao Presídio Salvador", declarou o delegado Rafael Magalhães, titular da Delegacia de Jaguaripe.
Maqueila foi presa em Aracaju no dia 24 de março, em Aracaju, por outro motivo. Estava com um carro locado em Belo Horizonte, mas que nunca foi devolvido. A mulher possui uma extensa ficha criminal por estelionato. Também em março, no 14, ela havia tido a prisão decretada no inquérito que apura a morte em Jaguaripe. Nos primeiros minutos da manhã desta terça, ela foi trazida para Salvador dentro de uma viatura da Polinter. Pouco depois das 13h, ela chegava ao DPT. A ex-detenta desceu da viatura sem falar com a imprensa. Quase uma hora depois, ela saiu do DPT e foi levada para a Dercca - e novamente não falou nada.
Maqueila respondia em liberdade a processos por estelionato e fez amizade com Shirley, esposa do empresário, durante a prisão. Ao ser liberada pela Justiça, ela trabalhou na pousada Paraíso Perdido.
Além da morte de Leandro, a polícia também investiga se Maqueila teve participação na morte de Marcel da Silva Vieira, conhecido como Billy. Ele era funcionário de Leandro, e era considerado pela polícia testemunha chave para esclarecer as circunstâncias da morte do empresário.
Cerca de 20 pessoas já foram ouvidas pela polícia. O advogado de Maqueila chegou a dizer, no dia 16 de março, que ela era inocente e iria se apresentar ao delegado que investiga o caso – mas isso ainda não aconteceu.
Entenda o caso Leandro Troesch, dono da pousada Paraíso Perdido, foi encontrado sem vida dentro de um dos quartos do estabelecimento, com marca de tiro na cabeça, em 25 de fevereiro deste ano. O empresário já havia sido preso e condenado a 14 anos de prisão por crimes de sequestro e extorsão cometido em 2001. Em 2022, ele estava em prisão domiciliar na pousada.