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Publicado em 24 de agosto de 2024 às 05:00
Quem acompanhou a palestra de Diego Barreto, CEO do iFood, no Agenda Bahia, perdeu os argumentos para romantizar o empreendedorismo. De maneira direta, ele deu uma aula em poucos minutos a partir de um forte conceito: Cultura não se negocia! E é isso o que sustenta o sucesso do iFood desde que o negócio foi criado, em 2013.
Ao longo dos anos, muitos foram os aprendizados para a empresa, que nasceu como um serviço de call center e fazia a ponte entre os consumidores e os restaurantes. Os pedidos eram passados aos estabelecimentos via fax, o que gerava uma série de problemas nas entregas.
Diogo entendeu ali que poderia ampliar a atuação do negócio para resolver os problemas. Isso aconteceu a partir da chegada dos smartphones ao mercado brasileiro, possibilitando conectar pessoas e restaurantes, só que desta vez usando um aplicativo e dando protagonismo aos entregadores, que passaram a ser vistos dentro de uma estrutura de negócio e a ter direitos de estudar gratuitamente para concluir o ensino médio, seguro acidente, seguro afastamento, acesso ao atendimento de saúde, entre outras benefícios.
Números expressivos
O jogo mudou e os números começaram a traduzir os resultados. Hoje as vendas pelo app do iFood, graças ao espírito empreendedor e à inovação, geram faturamento de R$ 70 bilhões ao ano, com a entrega de um bilhão de pedidos/ano, vendendo 350 mil restaurantes e empregando 310 mil entregadores, em todas as cidades do Brasil, o que impacta milhares de famílias.
Esses números são frutos de acreditar que é possível encontrar caminhos de empreender e, principalmente, de não abrir mão da cultura do iFood. “Isso eu não negocio”, afirmou o CEO. Ele ressaltou que as pessoas não dão valor à importância dessa formação de uma cultura em seus negócios, o que faz toda a diferença quanto aos bons resultados. “Quando você não negocia cultura, você cria uma massa de pessoas, que bate qualquer coisa, porque inova, constrói e consegue entender a dificuldade de se passar pelas etapas do empreender”, frisou.
É preciso entender que criar uma cultura e não negociá-la é sobre ter um padrão de conduta, um comportamento inabalável diante dos valores, ter direcionamento que define a sua atuação para liderar e envolver equipes coesas em torno de um projeto com o mesmo objetivo.
Para encerrar sua participação no evento, Diego chamou a atenção do público para o fato de o Brasil, apesar de suas mazelas, ter condição de fazer e ser muito mais, o que falta é aprender a não negociar sua cultura. “Dentro do iFood trabalham seis mil pessoas, o dia que for 10 vezes maior, esse impacto também será maior”, projeta.