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Saiba como a macaúba será utilizada para a produção de biocombustíveis na Bahia

Óleo da semente do fruto tem produtividade até dez vezes maior em relação ao óleo de soja

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 24 de agosto de 2024 às 05:00

Marcelo Lyra, vice-presidente de Relações Institucionais, Comunicação e ESG da Acelen Crédito: Marina Silva/CORREIO

Um fruto de interior amarelo e casca marrom, popularmente conhecido como macaúba ou coco-de-espinho, é a principal aposta para a produção de biocombustíveis na Bahia. Isso ocorre em decorrência do projeto da Acelen, empresa que controla a Refinaria de Mataripe na Região Metropolitana de Salvador, que visa utilizar a semente do fruto para geração de diesel renovável e combustível sustentável de aviação. O plano foi um dos assuntos do Agenda Bahia 2024, durante o painel “O Agora e o Futuro do Agro”, que reuniu quatro personalidades do setor agroindustrial na manhã desta sexta-feira (23).

Marcelo Lyra, que é vice-presidente de Relações Institucionais, Comunicação e ESG da Acelen, explicou que a escolha pela macaúba se deu após uma análise que constatou seu potencial de produtividade de sete a dez vezes maior em relação ao óleo de soja. “Ela passou a ser uma alternativa muito interessante na produtividade no campo, e, além disso, por ser uma árvore ela permite os sequestros de CO2, que estão em dimensões muito significativas”, destacou.

A semente e o endocarpo do fruto – isto é, sua parte interna – serão fonte para a extração do óleo que passará pelo processo de transformação até se tornar uma fonte de energia, mas o uso da macaúba não se limitará a isso. “A gente vai transformar em biocombustível, mas também produzir uma farinha proteica e de fibra. A casca interna é um biochar (carvão vegetal empregado como correção para o solo) que pode vir a ser energia ou pode sequestrar carbono. Também, tem um óleo que pode ser extraído para a produção de cosméticos”, aponta Lyra.

A ideia é que o uso da macaúba para diesel sirva justamente para o desenvolvimento de outras cadeias. “[Podem ser] cadeias de proteína para consumo humano, proteína para uso animal, indústria de cosméticos e outras energias. Temos essa possibilidade de geração de riqueza, que compõe a matriz de viabilidade do produto. Nós temos a oportunidade de empacotar a vocação de produção de energia na Bahia de forma muito significativa. O estado pode ser um hub para o Brasil de produção de energia”, projeta Marcelo Lyra.

O projeto da Acelen conta com investimentos que giram em torno de USD$ 3 bilhões na primeira unidade integrada para produção de diesel renovável e combustível sustentável de aviação. A área ocupada para o desenvolvimento se dará em 180 mil hectares de terras degradadas na Bahia e em Minas Gerais, o que equivale a 280 campos de futebol.

Marcelo Lyra afirma que o biocombustível derivado da semente de macaúba estima reduzir em até 80% a emissão de carbono em relação ao combustível fóssil e, inicialmente, a empresa deverá produzir 20 mil litros por dia e até 1 milhão de fonte de energia renovável por ano, que devem abastecer anualmente 1,1 milhão de veículos.

O Agenda Bahia é uma realização do Jornal Correio com patrocínio da Acelen, Tronox e Unipar, apoio institucional da FIEB, Sebrae e apoio da Bracell, Grupo Luiz Mendonça - Bravo Caminhões e Ônibus e AuraBrasil, Plano Brasil Saúde, Salvador Bahia Airport, Salvador Shopping, Suzano, Wilson Sons e parceria da Braskem.