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Maysa Polcri
Publicado em 2 de julho de 2024 às 09:15
Depois de nascer brilhando mais do que no primeiro, o sol tem outra missão neste 2 de Julho: iluminar os milhares de baianos que saem às ruas para celebrar a Independência do Brasil na Bahia. Os moradores da Lapinha já foram acordados com a queima de fogos e as bandeiras já estão no topo dos mastros. Com os deveres cívicos realizados, os holofotes seguem sobre os caramanchões do Caboclo e da Cabocla.
Antes das 9 horas, horário previsto para o início do cortejo guiado pelos dois símbolos da libertação baiana, muita gente se aglomera no ponto de partida. De crianças a idosos, o público diverso aproveita para fotografar os caboclos de pertinho.
Vestidos de azul e branco, neste ano, os caboclos foram posicionados em um local diferente do último ano. Dessa vez, aguardaram o início do cortejo próximo à Igreja da Soledade, mais a frente do Pavilhão Dois de Julho. Antes do horário marcado, os caboclos começaram a ser levados pelos homens do Batalhão Quebra-Ferro.
Quem abre caminho é o grupo Os Guaranis, que desde a década de 60 cruzam a Baía de Todos-os-Santos para participar do cortejo. Com trajes indígenas, eles representam o povo baiano que lutou bravamente contra a presença portuguesa na Ilha de Itaparica.
Das janelas das casas, baianos acompanham a passagem dos caboclos. Parentes e amigos aproveitam a vista privilegiada para observar o movimento. De cima, ver espaços vazios ao lados dos caramanchões é tarefa difícil.