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Gilberto Barbosa
Publicado em 2 de julho de 2024 às 18:06
Sob aplausos do público, as imagens do Caboclo e da Cabocla, chegaram no Largo do Campo Grande, para dar início as últimas cerimônias em comemoração ao 2 de Julho. Os carros entraram por volta das 16h acompanhados por integrantes da Associação Cultural de Índios Guaranis, da Ilha de Itaparica. Eles ficam no local até a próxima sexta-feira (5), quando retornam ao Pavilhão 2 de Julho, no Largo da Lapinha.
A cerimônia seguiu com o hasteamento das bandeiras do Brasil, da Bahia e de Salvador, que ficaram sob a responsabilidade do governador Jerônimo Rodrigues, do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Adolfo Menezes e do prefeito da capital, Bruno Reis. Em seguida, os chefes do estado e da capital depositaram flores nos pés do monumento do caboclo, seguidos por representantes das três Forças Armadas, das casas legislativas estadual e municipal e dos órgãos de segurança do estado.
"Nós estamos nas ruas para celebrar o 2 de Julho, que é a data mais importante do nosso estado. De todas as edições que eu já participei, essa foi a que teve a maior participação popular, então a população está de parabéns pela realização de mais uma grande festa", afirmou Bruno Reis.
"Nós marchamos hoje em reconhecimento a luta daqueles que gastaram suor e sangue para estivéssemos aqui. Seguiremos celebrando ao 2 de Julho para que ele nunca seja esquecido", disse o governador Jerônimo Rodrigues.
O encerramento ficou a cargo da atleta paralímpica Ira Vilaronga, que acendeu o fogo simbólico no Campo Grande. Primeira triatleta com deficiência visual da Bahia, ela descreve o momento com uma celebração a diversidade e da força do povo baiano.
"[O convite] foi uma surpresa com a qual eu me senti muito lisonjeada. Eu me sinto muito orgulhosa como baiana e brasileira em representá-la e eu espero que essa tocha acenda o respeito a diversidade", afirmou
Após o final da cerimônia, as pessoas que foram ao largo se juntaram em filas para tirar uma foto com os Caboclos. Uma delas foi a professora Ana Cristina Pereira, 52 anos, que acompanha os cortejos há cerca de sete anos. "É uma festividade que eu gosto muito de participar porque representa a nossa fé e ancestralidade, além de ser um momento de reconexão com a nossa história de luta. Eu tenho muita fé no caboclo e peço para que ele me dê forças para continuar perpetuando essa tradição", explicou.
A organização da celebração da Independência ficou sob responsabilidade da Fundação Gregório de Mattos (FGM). O presidente do órgão, Fernando Guerreiro, classifica o dia como um sucesso. "Foi uma festa maravilhosa com uma participação popular inédita. As ruas estavam lotadas, o desfile estava cheio e as pessoas estão participando ainda mais com o passar dos anos", relatou.
*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro