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Da Redação
Publicado em 7 de fevereiro de 2011 às 19:46
- Atualizado há 2 anos
Redação CORREIO
A violência que já é conhecida pelos soteropolitanos foi notícia na edição desta segunda-feira (7) do Jornal Nacional. Segundo a reportagem, o índice de violência registrado no último final de semana em Salvador e Região Metropolitana, 25 assassinatos - da noite de sexta-feira até o fim da noite de domingo - tem crescido de forma assustadora. De 2006 a 2010, o índice de violência na Bahia cresceu 50%, em Salvador, o aumento foi de 70%. Para as metrópoles, a Organização das Nações Unidas (ONU) considera aceitável 12 homicídios a cada grupo de 100 mil habitantes; Salvador apresenta taxa de 62 assassinatos por grupo. O índice de homicídios registrados em Salvador é cinco vezes maior do que a ONU considera como 'suportável'.A Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), no entanto, divulgou nota oficial alegando que a taxa de homicídios em Salvador teve redução de 14,6% no mês de janeiro deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. Ainda segundo a SSP, a redução da violência na Região Metropolitana de Salvador foi de 13,2%.DelegaciasA situação da segurança pública na Bahia também foi destaque de uma reportagem do Fantástico, exibido no último domingo (6). Os jornalistas percorreram 1,4 mil quilômetros e mostraram a precariedade de vários distritos policiais no estado, inclusive na capital Salvador.
Apenas três metros: essa é a distância que separa homens e mulheres em uma carceragem no interior baiano.Em outra delegacia do estado, o Fantástico também flagrou, frente a frente, presos e presas. Uma está grávida. E em uma cela, ainda há dois menores. “São graves violações aos direitos humanos com cidadãos, homens e mulheres, tratados que nem animais”, explica Jayme Asfora, presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB.
Na delegacia de Mata de São João, de 40 mil moradores, há muita sujeira e mato. São 43 presos, mas a capacidade é para 28.Na delegacia de São Gonçalo dos Campos, que tem 33 mil habitantes, não há banheiro na carceragem. Os presos usam sacos plásticos.“Tem marginais custodiados com câncer, pneumonia e com doenças sexualmente transmissíveis”, conta o presidente do Sindicato de Policiais Civis da Bahia, Carlos Lima.