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Vereadora do PSOL é morta a tiros dentro de carro no Rio

Minutos antes do crime, Marielle participou do evento de empoderamento feminino e ativismo contra o racismo

  • D
  • Da Redação

Publicado em 14 de março de 2018 às 22:35

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Reprodução/Facebook

Marielle deixa uma filha (Foto: Divulgação) A Polícia Civil do Rio de Janeiro está a procura dos suspeitos que mataram a vereadora Marielle Franco (PSOL) na noite desta quarta-feira (14), no Centro do capital carioca. Ela foi baleada dentro de um carro na Rua Joaquim Palhares. O motorista do veículo também foi morto a tiros. A assessora sobreviveu. Carro onde aconteceu o crime (Foto: Divulgação) Equipes do 4° Batalhão da Polícia Militar (São Cristóvão) esteve no local, mas ninguém foi preso. Também não há informações sobre a identificação dos suspeitos. Os criminosos teriam emparelhado um outro carro ao lado do veículo onde estavam as vítimas. Eles fugiram sem levar nada.

Minutos antes do crime, Marielle participou do evento de empoderamento feminino e ativismo contra o racismo 'Jovens Negras Movendo as Estruturas', que aconteceu na Casa das Pretas, na Lapa. O evento foi transmitido ao vivo na página do Facebook da vereadora.

Marielle era socióloga com mestrado em Administração Pública e presidente da Comissão da Mulher da Câmara. Com 46.502 votos nas eleições de 2016, ela foi a quinta vereadora mais votada do Rio. Vítima deixa uma filha.

Denúcia No dia 11 de março, a vereadora usou seu perfil no Facebook para denunciar a morte de dois jovens e a truculência policial em ações na zona norte do Rio de Janeiro. Na publicação, ela acusa a PM de matar e jogar os corpos de dois jovens da comunidade em um valão.

"Precisamos gritar para que todos saibam o está acontecendo em Acari nesse momento. O 41° Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro está aterrorizando e violentando moradores de Acari. Nessa semana dois jovens foram mortos e jogados em um valão. Hoje a polícia andou pelas ruas ameaçando os moradores. Acontece desde sempre e com a intervenção ficou ainda pior", diz na postagem.

Segundo o jornal Dia, a PM confirmou que realizou uma operação na comunidade, mas não confirmou as mortes e nem falou sobre as denúncias. Foto: Reprodução Violência no Rio Nesta quarta o PSOL protocolou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a intervenção federal de natureza militar no Rio de Janeiro. No pedido, o partido de oposição pede a concessão de medida cautelar suspendendo os efeitos do decreto de intervenção.Passado quase um mês da edição do decreto, o líder da bancada na Casa, deputado Ivan Valente (SP), concluiu que a intervenção foi midiática, inconstitucional e sem planejamento. Valente lembrou que os conselhos da República e da Defesa Nacional também não foram ouvidos antes da decisão presidencial de intervenção. O partido alega que os direitos individuais dos cidadãos estão comprometidos e que ações já implementadas no Rio demonstram isso. "É mais violência sobre a população pobre, negra e excluída do País", avaliou a legenda. Paralelamente à ação no STF, o partido protocolou na Câmara um projeto que determina a implementação de programa de intervenção social para prevenção da violência em áreas onde os índices de violência estiverem acima da média nacional, onde houver operações para Garantia da Lei e Ordem (GLO) ou intervenção federal. O PSOL afirma que onde houver ação interventora do Estado, é preciso haver uma compensação social. "Tudo o que se gastar em segurança se gastará na área social", explicou Valente.