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Resumo: entenda toda a confusão que aconteceu no Ba-Vi

Jogo teve socos, nove expulsões e muitas acusações

  • Foto do(a) author(a) Fernanda Varela
  • Fernanda Varela

Publicado em 19 de fevereiro de 2018 às 09:09

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Arisson Marinho/CORREIO

O torcedor mais distraído ou que não conseguiu assistir ao primeiro Ba-Vi do ano certamente levará um susto ao abrir os sites e páginas de jornal nesta segunda-feira (19). O jogo tinha tudo para ser mais um clássico comum, em uma tarde de domingo (18), no Barradão, mas o campo de futebol virou campo de guerra e tudo começou a desendar. Quer entender melhor? A gente explica.

O dia do jogo, que marcava o retorno das duas torcidas ao estádio após seis partidas com torcida única, começou com uma confusão na Baixa dos Sapateiros, em um confronto em que treze torcedores do Vitória foram presos. Doze deles estavam com a camisa da Torcida Uniformizada Os Imbatíveis (TUI) - os torcedores do Bahia, muitos deles com uniforme da Bamor, conseguiram fugir.

No estádio, o clima era de tranquilidade. Com 90% da carga de ingressos para os rubro-negros e 10% para tricolores, as torcidas fizeram suas festas e os jogadores se abraçaram no círculo central do campo, fazendo um pedido por um Ba-Vi da paz. 

A bola rolou e o jogo estava empolgante. Aos 33 minutos, Denilson recebeu passe de Rhayner e chutou duas vezes para fazer 1x0, placar que durou até o intervalo. No início do segundo tempo, Vinícius cobrou escanteio, Uillian Correia tocou a mão na bola e o árbitro marcou pênalti, aos 4 minutos. Vinícius cobrou e empatou. Na comemoração, fez sua habitual dancinha:

O gesto do créu em direção à torcida do Leão não agradou nem um pouco o goleiro Fernando Miguel, que partiu em disparada em direção ao jogador tricolor para tirar satisfação, já que Vinícius também apontou o dedo para a torcida rubro-negra e disse: "eu sou pi..".

Após isso, o tumulto estava formado. Fernando Miguel ainda segurava o jogador pela camisa quando Kanu chegou dando um soco em Vinícius. Em seguida, Yago e Denilson também repetiram o gesto. Fora de si, Kanu voltou ao encontro do meia tricolor e deu mais dois socos nele, partindo o supercílio do jogador.

Aparentemente surpreso com a reação dos companheiros, Fernando Miguel tentou proteger Vinícius dos socos, sem sucesso. Vinícius ficou com o supercílio aberto (Foto: Arisson Marinho/CORREIO) Com a confusão generalizada no gramado, Edson agrediu Bryan, que não tinha nada a ver com a história, e também bateu em Fernando Miguel, que pediu desculpas a Vinícius ainda no gramado.

Na confusão, também teve Edson dando chutes por trás em Kanu, que não revidou. Mas Rhayner não gostou e deu um soco em Edson. Foi vergonhoso, mesmo.

Veja as cenas abaixo:

Mais tumulto e fim de jogo Foram 15 minutos de paralisação, até que a situação fosse controlada. Ao todo, Kanu, Rhayner e Denilson foram expulsos pelo lado rubro-negro, enquanto Vinícius, Lucas Fonseca e os reservas Edson e Rodrigo Becão levaram o vermelho pelo lado tricolor. Fernando Miguel, Yago e o goleiro reserva do Bahia, Anderson, foram advertidos com cartão amarelo.

Pensa que o tumulto acabou? Então senta que lá vem mais confusão. Depois de 12 minutos com a bola rolando, Uillian Correia, que já tinha cartão amarelo, fez falta dura em Zé Rafael e entrou para o time dos expulsos. Sem querer dar continuidade ao jogo com apenas sete atletas em campo, o zagueiro Bruno, que também estava amarelado, chutou a bola para longe, forçando a expulsão que acabou o Ba-Vi antes da hora.

Ao deixar o gramado, o goleiro Fernando Miguel reconheceu que a cena protagonizada pelos atletas não seguiu os príncípios do esporte: 'o jogo estava bom e a gente estragou'.

Regra dá triunfo ao Bahia; Vitória não sabia O jogo foi encerrado porque a regra diz que não pode continuar tendo jogo quando um dos times fica com menos de sete atletas em campo. Só que a regra também determina que, quando isso acontece, o time que tem número de atletas suficiente é declarado vencedor por 3x0 (ou pelo placar vigente, caso esta equipe já estivesse vencendo por três gols ou mais de diferença). Aparentemente, o rubro-negro não sabia disso. O técnico Vagner Mancini, o presidente Ricardo David e o vice-presidente Chico Salles reagiram com surpresa ao serem informados durante a entrevista coletiva, realizada após a partida. A regra consta no Regulamento Geral de Competições da CBF. 

Apesar do regulamento, a Federação Bahiana de Futebol (FBF) manteve o placar da partida em branco no seu site oficial. O presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, reconhece que o Campeonato Baiano segue o Regulamento Geral de Competições da CBF - como consta no regulamento do estadual - e afirmou inicialmente que as decisões caberiam ao Tribunal de Justiça Desportiva da Bahia (TJD-BA). Depois, o dirigente procurou novamente o CORREIO e afirmou que apenas as possíveis punições disciplinares cabem à Justiça. " O que vai para o tribunal é a parte de infração, a parte disciplinar dos atletas, as possíveis punições aos clubes. A parte de resultado, que é o regulamento, é com a diretoria da federação. A súmula vai nos balizar", explica Ednaldo Rodrigues, que aguarda a súmula da partida ser entregue pelo árbitro Jailson Macêdo Freitas para definir o placar do Ba-Vi. Ba-Vi segue sem placar e súmula (Foto: Reprodução/FBF) Os culpados Não parou por aí. Na entevista, que também contou com a presença do diretor de futebol Erasmo Damiani, Mancini afirmou que a ordem para acabar o jogo não partiu dele, o presidente Ricardo David bradou contra Vinícius e o clube culpou o atleta tricolor pelo tumulto no Ba-Vi: 'ele quem começou'.

Ouça aqui a entrevista coletiva completa do Vitória:

Pelo lado do Bahia, muita reclamação. Machucado, Vinícius saiu do estádio e foi direto para a delegacia, onde registrou boletim de ocorrência após as agressões. Já o técnico Guto Ferreira criticou ferrenhamente a atitude dos jogadores do Vitória. Segundo o técnico, houve um desequilíbrio do elenco rival incompatível com a ação do meia Vinícius na comemoração do gol.

Quem também não gostou nada do que viu foi o presidente Guilherme Bellintani, do Bahia, que fez críticas ao comportamento do Vitória de encerrar o clássico antes do tempo regulamentar: 'eu não colocaria isso na história do meu clube’.

Ouça aqui a coletiva completa do Bahia:

E assim acabou o que foi o pior Ba-Vi da história, na opinião do escritor Gabriel Galo, colaborador do CORREIO.

Os times se apresentam nesta segunda-feira (19). O Vitória volta a treinar no turno da manhã, às 9h, com portões fechados para a imprensa e em silêncio. Já o Bahia se reapresentará no turno da tarde, com treino aberto à imprensa e entrevista coletiva. 

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