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Mario Bitencourt
Publicado em 7 de janeiro de 2018 às 16:03
- Atualizado há 2 anos
Para algumas pessoas, se reconectar à natureza é uma forma de buscar mais bem-estar, mas, acima de tudo, saúde. Para quem tomou essa meta como resolução de Ano-Novo, vale destacar que é possível ‘reconectar’ aos produtos naturais e fugir de medicamentos industrializados, conseguindo mais saúde e, de quebra, sem gastar dinheiro a mais.
O Sistema Único de Saúde (SUS) já oferece terapias e tratamentos com plantas medicinais e fitoterápicos regulados e controlados pelo Ministério da Saúde por meio do programa Farmácia Viva, que faz parte da Política Nacional de Assistência Farmacêutica.
O programa contempla todas as etapas, desde o cultivo, a coleta, o processamento, o armazenamento de plantas medicinais, a manipulação e a dispensação de preparações magistrais e oficinais de plantas medicinais e fitoterápicos. É vedada a comercialização desses materiais.
Desde 2012, o Ministério da Saúde investiu mais de R$ 37 milhões no programa, recursos que foram disponibilizados às secretarias municipais e estaduais de Saúde.LEIA TAMBÉM
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Atualmente, o SUS disponibiliza 12 medicamentos na Farmácia Viva: alcachofra, aroeira, babosa, cáscara sagrada, hortelã, garra do diabo, guaco, espinheira-santa, plantago, salgueiro, soja e unha-de-gato.
“Vale ressaltar que seguem sendo estudados mais insumos para melhor atender a população. Os fitoterápicos disponíveis no SUS estão presentes principalmente na Atenção Básica”, declarou o ministério em nota ao CORREIO.
Para a população ter acesso aos mesmos produtos, é necessário consulta com profissional do SUS e, a partir da prescrição do fitoterápico, ele pode ser dispensado na farmácia do Posto de Saúde, ou farmácia central do município, ou ainda em Farmácias Vivas ou farmácias com manipulação no âmbito do SUS.
Estados e municípios, informa o Ministério, podem utilizar recursos próprios para disponibilizar, aos usuários, plantas medicinais e fitoterápicos que atendam ao perfil epidemiológico, às necessidades de saúde e à cultura da população local.
A iniciativa, criada pelo ministério, para garantir o acesso seguro e uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos no país, já está presente em 1.184 municípios do país. Em 2016, esses municípios receberam 344.099 unidades de medicamentos, entre comprimidos, frascos, bisnagas e cápsulas. No mesmo ano, foram realizados 36.496 atendimentos pelo SUS.
O município que quiser ofertar esses medicamentos deve inscrever o seu projeto nos diversos editais de chamada do Ministério da Saúde.
Em 2017, foram selecionados para apoio financeiro e institucional dez projetos de extensão universitária com estruturação de Farmácia Viva ou farmácia com manipulação de fitoterápicos.
Dentre eles está Lauro de Freitas, habilitado para receber R$ 312.837,15. O objetivo é ampliar o conhecimento sobre plantas medicinais e fitoterápicos nas graduações em interação com o serviço de saúde.
Na Bahia, entre 2016 e 2017, houve movimentação de 3.563 unidades de fitoterápicos, segundo dados da Base Nacional de Assistência Farmacêutica. Em 2016, ocorreram 9.563 atendimentos individuais em fitoterapia na Bahia, estado com mais registros no país.‘Se estamos em equilíbrio com a nossa mente, vamos estar bem’ “O Sol é para a Terra como nossos pensamentos são para o nosso corpo.” A especialista em homeopatia Eliete Fagundes, uma das principais responsáveis pela difusão dessa terapia alternativa no Brasil, colocou essa frase em sua mensagem de final de ano, distribuída a familiares e amigos.
“É para lembrar às pessoas que não adianta muito cultivarmos bons hábitos alimentares, fazer atividades físicas ou outra coisa qualquer se em nossa mente o que floresce são pensamentos negativos, o que nos leva ao desequilíbrio”, explica.
“Pesquisas que venho fazendo mostram que, da mesma forma que o ser humano adoece, a planta e os outros animais adoecem. É o desequilíbrio da energia vital. Mas a base é esta: se estamos em equilíbrio com a nossa mente, vamos estar bem”, diz. A especialista Eliete Fagundes é adepta da terapia alternativa (Foto: Divulgação) Por meio da homeopatia, Eliete - pós-doutoranda em Psicologia Social - busca levar para as pessoas formas mais saudáveis de curar os males do corpo e do espírito - ou mente.
“Trabalhamos com a configuração eletromagnética do elemento químico. O remédio da homeopatia tem mais semelhança com o físico da pessoa, o mental, o emocional e a forma como ela pensa, a hora que dorme, como vê as coisas no mundo”.
A pesquisadora explica que essa proximidade entre o medicamento e a pessoa “desencadeia, como uma cascata vibracional, uma reação química em todas as células e átomos, nos tecidos e órgãos etc. e vai trabalhando onde precisa, sobretudo no mental e emocional, onde está a origem dos nossos problemas”.
Eliete Fagundes é adepta das pesquisas sobre a teoria da memória da água, elemento químico que compõe 80% do corpo humano.
Em homeopatia, a teoria mostra a capacidade de a água reter substâncias que estiveram diluídas. Por meio de um movimento chamado de sucussão, as energias das substâncias são transferidas para a água. “Buscamos, por isso, ter cuidado não só com nossa alimentação, mas com as vibrações que emitimos por meio de nossas palavras e pensamentos, pois eles vão refletir no nosso corpo ao serem absorvidos pela água que está em nós”, diz Eliete.