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Tailane Muniz
Publicado em 7 de agosto de 2017 às 13:34
- Atualizado há 2 anos
Suspeito de matar a própria companheira no bairro de Itapuã, em Salvador, o pedreiro Edgar Pereira Costa, 46 anos, nega que tenha cometido o crime. O corpo da dona de casa Cláudia Santana de Oliveira, 26, com quem o pedreiro mantinha um relacionamento há sete meses, foi encontrado pela polícia dentro de um saco, no banheiro da casa do casal. De acordo com a Polícia Civil, Edgar asfixiou e chegou a provocar lesões graves na genitália de Cláudia. "A causa da morte é asfixia. Além disso, ele introduziu um objeto perfurocortante nela, o que causou o dilaceramento do ânus e da vagina", relatou a coordenadora da 2º Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), delegada Marta Karine Menezes de Aguiar, em entrevista à imprensa, na manhã desta segunda-feira (7). O pedreiro foi preso horas depois, na cidade de Itabuna, no Sul da Bahia. Ele foi transferido para Salvador neste domingo (6).
À polícia, ele negou o crime e disse que só escondeu o corpo porque ficou com medo. "A versão dele é mentirosa. Ele contou, em depoimento, que eles utilizavam crack. Que, no dia, beberam muito, discutiram e Cláudia caiu, acidentalmente, com as pernas abertas. Edgar falou isso na tentativa de justificar o ferimento nas partes íntimas de Cláudia, mas conversamos com o médico legista. Segundo ele, algum objeto foi introduzido nela. Ainda não sabemos o que foi, não encontramos a arma do crime", acrescentou. Edgar após ser preso nesta sexta-feira (Foto: divulgação) O crime Ainda de acordo com a Polícia Civil, Edgar foi submetido à audiência de custódia, na manhã desta segunda-feira. Marta Karine informou que o pedreiro vai responder por feminicídio. "Ele, inclusive, já tem histórico por agressão a uma mulher aleatória na rua", completou.
Segundo a polícia, Cláudia foi encontrada morta em um saco, dentro do banheiro da casa onde Edgar mora, na Avenida Dorival Caymmi. O pedreiro contou para os policiais que tudo começou com uma discussão na noite desta quinta, quando o casal estava bebendo.
Ainda conforme a polícia, ele disse que empurrou a mulher e que ela, ao cair, bateu com a cabeça. O impacto provocou um sangramento, mas a jovem conseguiu se levantar e foi dormir.
Edgar continuou bebendo e foi para a cama mais tarde. Ele disse para a polícia que só percebeu que Cláudia estava morta quando acordou, no dia seguinte. O pedreiro contou que ficou em pânico e resolveu colocar o corpo dela num saco e esconder no banheiro. Em seguida, fez uma mala e pegou um ônibus com destino a Itabuna, onde moram alguns familiares.
Investigadores da Delegacia de Homicídios (DH) de Salvador descobriram a fuga, a companhia e horário do ônibus em que o suspeito viajava, e avisaram para a polícia de Itabuna. A delegacia encaminhou duas unidades da DH para o posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR-101, que interceptaram o veículo em que Edgar estava e realizaram a prisão.