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Ministro manda PF investigar morte de policial civil em Minas Gerais

Arcanjo criticava ainda a corrupção na própria Polícia Civil e fazia duras críticas e acusações contra o senador Aécio Neves

  • D
  • Da Redação

Publicado em 29 de março de 2016 às 21:45

 - Atualizado há 2 anos

A pedido do ministro da Justiça, Eugênio Aragão, a Polícia Federal vai acompanhar as investigações sobre a morte do investigador da Polícia Civil de Minas Gerais Lucas Gomes de Arcanjo, encontrado enforcado com uma gravata em sua casa em Belo Horizonte no último sábado.

Arcanjo ficou conhecido por fazer duras críticas e acusações contra o ex-governador de Minas e atualmente presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, divulgadas em seus perfis nas redes sociais. Diante disso, o Ministério da Justiça informou que vai apoiar a investigação da polícia mineira “tendo em vista as circunstâncias de óbito repentino do policial civil”. Arcanjo criticava ainda a corrupção na própria Polícia Civil e fazia duras críticas e acusações contra o senador Aécio Neves (Foto: Reprodução)Seguido no Facebook por quase 23 mil usuários, em diversos vídeos, o policial acusava o tucano de ligação com crimes como narcotráfico, compra de habeas corpus, lavagem de dinheiro, corrupção e até homicídio. Arcanjo criticava ainda a corrupção na própria Polícia Civil.

Em uma das gravações, o policial conta que um corpo foi encontrado na propriedade do primo de Aécio Neves, Tancredo Tolentino, no município de Cláudio, onde o governo Aécio construiu um aeroporto na fazenda do tio-avô do tucano.

Segundo Arcanjo, havia indícios de execução da vítima. “Mas nada é investigado”, argumentava Arcanjo, que estava há um ano de licença para fazer um tratamento psicológico.

VídeoNa noite da última sexta-feira, o policial publicou em seu perfil do Facebook um vídeo, o último, em que ele aparece visivelmente deprimido, se dizendo com “asco” da situação política, chegando a apertar o pescoço com as próprias mãos.

As investigações do caso estão a cargo da 1.ª delegacia do Barreiro, na região oeste da capital mineira. A Polícia Civil informou que não vai comentar o caso e que as investigações estão sendo acompanhadas pela Polícia Federal.

NotaA assessoria do senador Aécio Neves divulgou nota dizendo que o caso “não guarda nenhuma relação com política.” O texto da equipe do senador mineiro também critica o que chama de “irresponsável exploração” da situação que estaria sendo feita pelo PT e seus aliados.

“Trata-se de um assunto da competência das polícias, que não guarda nenhuma relação com política. É lamentável a irresponsável exploração que vem sendo feita pelo PT e seus aliados. É preciso nesse momento respeitar a dor da família e esperar o resultado das investigações”, diz a nota.