Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2017 às 10:55
- Atualizado há 2 anos
Foto: ReproduçãoSerão enterrados na tarde deste domingo (18), no Cemitério Municipal de Portão, em Lauro de Freitas, os corpos da baiana de acarajé Jussara de Oliveira, 36 anos, e os filhos Felipe de Oliveira, 20, e Ângela de Oliveira, 16. Eles foram mortos dentro de casa na noite de sexta-feira (16), no bairro da Itinga.
Os corpos foram liberados do Instituto Médico Legal (IML) por volta das 10h de hoje. O sepultamento está marcado para acontecer às 15h. Segundo familiares, o suspeito fugiu após o crime e ainda não foi preso.
O crimeAs mortes aconteceram por volta das 20h40, na Rua Jardim Talismã. Policiais foram chamados e ao chegar no local encontraram os corpos. O principal suspeito é o companheiro de Jussara, conhecido como Alexandre. O caso vai ser investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A família da vítima suspeita que Jussara tenha sido morta porque o ex-marido dela não aceitava o fim do relacionamento. "Ela era baiana de acarajé e deixou de ser por causa dos ciúmes dele. Nenhum homem podia chegar na banca de acarajé dela que ele sentia ciúmes", conta a mãe da vítima, Maria da Glória de Oliveira, 73 anos.Segundo o pai da vítima, o pai de santo Marciano Jesus de Oliveira, 62, além dos ciúmes, outro motivo que teria levado a filha a terminar o relacionamento com o suspeito de ter cometido o crime era o fato dele ser usuário de cocaína. "Ela terminou o relacionamento de seis anos com ele por causa da cocaína. Aí eles voltaram há três meses, ele prometeu que não usaria mais, mas continuou usando. Ela voltou a romper com ele, mas continuaram a morar na mesma casa, mas dormindo em cama separadas", contou.A família de Jussara era contra relacionamento porque ele já vinha ameaçando ela de morte. Mesmo assim, o pai acredita que "se ele largasse o pó, ela ficaria com ele". Seu Marciano suspeita, ainda, que a filha pode ter sido drogada antes de ser morta. "No dia do crime, ele comprou algumas cervejas e levou pra casa. Acho que ele pode ter colocado alguma coisa na bebida dela. Minha filha foi encontrada morta na cama, ela é mais forte do que ele. Se ele partisse para cima dela, ela teria revidado", suspeita o pai.A família só teve conhecimento da morte de Jussara e dos filhos na última sexta-feira (16), após estranhar o fato dela não estar atendendo às ligações no celular nem respondendo às mensagens pelo aplicativo WhatsApp. Ao chegar no endereço da filha, o casal encontrou o imóvel fechado, mas vizinhos contaram que teriam visto o companheiro dela saindo e trancando a casa.Foi então que eles decidiram arrombar a porta do imóvel e viram a cena trágica. O corpo de Ângela estava no corredor da casa, o de Felipe na cadeira de rodas e o de Jussara no quarto, na cama. "O coração está ruim, muito ferido. Saí do hospital às 4h da manhã. Estou à base de medicamentos. Foram três perdas, amava meu neto", disse o pai de santo.