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Roberto Midlej
Publicado em 27 de agosto de 2017 às 21:36
- Atualizado há 2 anos
Curiosos aproveitam maré baixa para ver de perto os destroços (foto: SSP/BA) Uma nova perícia está programada para acontecer hoje na Cavalo Marinho I. De acordo com a Capitania dos Portos, já ocorreram duas perícias logo após o acidente.
A operação de hoje, realizada por peritos da Diretoria de Portos e Costas (DPC), do Rio de Janeiro, é complementar, uma vez que os dados colhidos já são suficientes para a investigação.
Segundo Flávio Almeida, capitão de fragatas do Segundo Distrito Naval, uma equipe de policiais militares estaria cuidando do isolamento da embarcação para evitar o acesso à lancha acidentada, uma vez que isso poderia causar adulteração no cenário do acidente.
No entanto, o repórter Bruno Wendel e o fotógrafo Betto Jr., ambos do CORREIO, tiveram acesso à embarcação no sábado, conforme mostrou reportagem de capa da edição de ontem.
A Capitania dos Portos realiza a fiscalização das embarcações. “A Capitania tem um papel parecido com o da Polícia Rodoviária nas estradas: ela deve parar as embarcações para fiscalizá-las, da mesma forma que a Polícia faz com o carro nas estradas”, diz Almeida.
A Capitania, no entanto, não regulamenta o transporte público realizado por embarcações, já que esta é uma atribuição da Agerba (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia).
A Capitania está também realizando um inquérito técnico, que irá apontar as causas do acidente e seus possíveis responsáveis, que estão sujeitos a punições de ordem administrativa determinadas pelo Tribunal Marítimo.
Já o inquérito criminal é conduzido pela Polícia Civil, que nesta semana ouvirá o dono da CL Transportes, proprietária da Cavalo Marinho e também irá colher depoimentos da tripulação. As vítimas não são intimadas e depõem espontaneamente.