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Roberto Midlej
Publicado em 18 de março de 2017 às 06:20
- Atualizado há 2 anos
Jonas Laborda tem 18 anos e é da quarta geração de uma família ligada ao circo (Foto: Bram Belloni)
Sempre ligado ao circo, por tradição da família, Jonas já atuou como malabarista, equilibrista, palhaço... Mas sua mãe, Vilma, achou que ele devia deixar a vida nômade para se dedicar à escola. Hoje, aos 18 anos, Jonas dá razão à mãe, mas continua querendo ser artista, dividido entre o circo e o cinema. Por sua determinação em busca de seus sonhos , venceu o Prêmio CORREIO Walter da Silveira, no Panorama Coisa de Cinema de 2016.Como começou sua relação com o circo? Eu sou de uma família ligada ao circo. Já estamos na quarta geração circense. Mas, quando eu nasci, meus pais estavam se separando e minha mãe decidiu que eu e meu irmão devíamos ir para Salvador, para terminarmos a escola. E isso me afastou do circo. Foi aí que resolvi criar o circo em casa. O que você achou da decisão de sua mãe de afastar você do circo para terminar a escola? Eu hoje acho certo, mas na época eu era teimoso e não entendia. Mas ela não terminou a escola, então entendo por que insistiu. Depois que o documentário acabou, eu disse que ia seguir com o circo e ela aceitou, mas depois desisti porque me interessei por cinema. Aí, decidi terminar a escola.Como está sua relação com o circo? Nas últimas férias, viajei com o circo Bismarck, de Porto Seguro, de um tio meu. Atuei como malabarista, palhaço e no monociclo. Ainda é uma paixão.Para muitos, o circo é uma arte em extinção, perto de seu fim. Você acredita nisso?Apesar de muitas dificuldades e da falta de apoio dos governos, acho que o circo não está morrendo. Vejo até surgirem novos circos no interior. Muito artista, depois de se estabilizar na carreira, monta seu próprio circo e tem público. Tem muito circo pequeno que viaja por estados, como Sergipe, Piauí e Maranhão, e tem público. Mas deveria ter mais apoio, principalmente das prefeituras.Como foi a experiência de trabalhar como assistente de câmera em Filho de Boi? No começo, queria trabalhar com direção, porque no circo do filme eu era mais ou menos um diretor. Mas aí me interessei por fotografia e pedi para ser assistente de câmera. Agora, quero ser diretor e fotógrafo de cinema. Também estudei teatro, na Companhia Novos Novos.