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Geddel Vieira Lima é preso em casa pela Polícia Federal

Delegado da PF pediu prisão preventiva do ex-ministro após descoberta de R$ 51 milhões

  • D
  • Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2017 às 07:08

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Reprodução/TV Bahia

O ex-ministro Geddel Vieira Lima foi detido na manhã desta sexta-feira (8) por equipes da Polícia Federal em sua casa, no bairro do Chame-Chame, em Salvador. Os policiais chegaram ao imóvel por volta de 5h30 e saíram de lá às 7h. Geddel foi levado no banco de trás do carro e, mesmo com os vidros fechados, tentou cobrir o rosto.

O delegado da PF Marlon Cajado, responsável pelas investigações da Operação Cui Bono, foi quem pediu a prisão preventiva do ex-ministro, que já cumpria prisão domiciliar.

Vestido de calça e camisa branca, às 13h, Geddel embarcou em um avião com destino à Brasília através do Aeroporto Internacional de Salvador. Ele foi acompanhado por três viaturas da PF.  Vendendor ambulante foi usado como testemunha para a ação da PF no imóvel de Geddel (Foto: Reprodução/TV Bahia) Alguns moradores da Rua Plínio Moscoso, onde fica o Condomínio Pedra do Valle, nº 64, acompanharam a saída da PF. Segundo a TV Bahia, um vendedor ambulante que estava na rua no momento da chegada dos policiais foi levado para dentro do prédio para servir de testemunha. Um funcionário do prédio também testemunhou a detenção.

A nova prisão de Geddel faz parte da quarta fase da Operação Cui Bono. Além do ex-ministro, há um mandado de prisão contra Gustavo Ferraz, que é acusado de envolvimento com o político. Há também outros três mandados de busca e apreensão a serem cumpridos.

Malas de dinheiro Na última terça-feira (5), a PF flagrou mais de dez caixas e malas com R$ 51 milhões dinheiro em espécie em um imóvel que seria usado pelo ex-ministro para esconder as notas no bairro da Graça. A PF precisou de 14 horas para contar o dinheiro em sete máquinas bancárias para fazer a contagem. Toda a quantia foi depositada em contas judiciais.

A PF possui quatro provas que reforçariam a ligação de Geddel com o dinheiro. A perícia encontrou impressões digitais dele nas malas e caixas onde estavam estocadas as cédulas no apartamento. Foto: Divulgação/Polícia Federal O proprietário do imóvel confirmou à PF, em depoimento na capital baiana, que emprestou o imóvel a Geddel. Silvio Silveira teria cedido o apartamento para que o político guardasse os pertences do pai, que morreu no ano passado. No depoimento, Silveira disse não saber da real intenção do ex-ministro quando solicitou o empréstimo do apartamento do Residencial José da Silva Azi, na Rua Barão de Loreto, na Graça.

Procurado pelo CORREIO, o advogado de Geddel, Gamil Föppel, informou, em nota, que não comentará sobre a prisão desta sexta, por enquanto. "A defesa técnica de Geddel Vieira Lima informa que somente se manifestará quando, finalmente, lhe for franqueado acesso aos autos, especialmente aos documentos que são mencionados no decreto prisional. Pesa dizer que o direito de defesa e, especialmente, as prerrogativas da advocacia, conferidas por lei, sejam tão reiteradamente desrespeitadas, impedindo-se o acesso a elementos de prova, já documentados nos autos", afirma o comunicado.

Buscas na casa da mãe O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara em Brasília, autorizou a busca e apreensão em três endereços na manhã desta sexta (8), entre eles a casa da mãe do ex-ministro. Ao pedir a busca, a PF alegou que "há grande probabilidade" de que nos endereços existam documentos que comprovem a prática de crime e "inclusive, mais dinheiro de origem ilícita".

A PF foi pela manhã na casa de Geddel, no Chame-Chame, de Gustavo Ferraz, em Lauro de Freitas - ambos presos preventivamente - e da mãe do ex-ministro, que mora no mesmo prédio do filho. Por essa razão, a polícia considerou que "não se descarta que o mesmo possa utilizar a residência da mãe para ocultar documentos e valores decorrentes de sua empreitada criminosa, retirando-os do seu apartamento, mas se encontrando em local de pronto acesso".

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