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Familiares e amigos de professora de balé pedem paz no trânsito e justiça

Após um mês da morte de Geovanna Lemos, família aguarda laudo da perícia e contato da médica que conduzia o carro no momento do acidente em trecho da Avenida ACM

  • Foto do(a) author(a) Priscila Natividade
  • Priscila Natividade

Publicado em 15 de abril de 2018 às 20:57

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Arisson Marinho

No domingo em que se completaram 30 dias da morte da professora de balé Geovanna Lemos, 41 anos, amigos e familiares fizeram uma caminhada pedindo paz no trânsito e justiça. A manifestação aconteceu na mesma região onde a professora morreu no dia 15 de março, vítima de um acidente na Avenida ACM, Pituba, próximo ao Posto dos Namorados.

“Esse movimento é uma homenagem a Geovanna. Estamos trazendo amor para onde aconteceu a dor maior, tentando resignificar esta perda que foi bruta de uma maneira que a comunidade se sensibilize no respeito às leis de trânsito”, afirma a prima de Geovanna e uma das organizadoras da caminhada, Caroline Almeida. Família e amigos deram as mãos, fizeram uma oração por Geovanna e com flores, pediram por justiça e paz no trânsito (Foto: Arisson Marinho/ CORREIO) No dia do acidente, a motocicleta pilotada pelo mototaxista Luciano Lopes - em que Geovanna estava na garoupa - foi atingida pelo carro da médica Rute Nunes Oliveira Queiroz, 49. Autuada em flagrante por homicídio, ela pagou uma fiança de R$ 4 mil e foi liberada. Segundo a família de Geovann, testemunhas afirmaram que a médica estava ao celular quando dirigia o veículo Kia Sportage, perdeu o controle da direção e arrastou a moto até o canteiro, se chocando em um bloco de concreto.

“A pessoa que dirige usando o celular perde a concentração, assim como alguém que está alcoolizado. A atenção não é mesma, fica comprometida. Não queremos aqui incitar o ódio, nem nenhum sentimento de retaliação. Mas, as pessoas precisam se conscientizar com relação às leis de trânsito”, acrescenta Caroline. 

Ainda de acordo com ela, até o momento, a médica que conduzia o veículo não fez nenhum contato com a família da professora. O motoboy também está sem poder trabalhar, já que perdeu a moto no acidente: “Nesta segunda-feira (hoje), o nosso advogado vai até a delegacia saber se saiu o laudo da perícia. Nenhum contato foi feito por parte dela e o que nós tentamos ela não aceitou nossas ligações. A situação de seu Luciano é muito difícil. Ele está sem poder trabalhar por conta da moto. É um profissional responsável que prestava serviço pra Geovanna a muito tempo”.  Emocionada, Dona Vidinha, mãe de Geovanna, plantou um girassol no canteiro onde ocorreu o acidente (Foto: Arisson Marinho/ CORREIO)  

Comoção

Ao final da caminhada, amigos e familiares deram as mãos em fizeram uma oração no retorno onde aconteceu o acidente. Mãe da vítima, a aposentada Lovildes Alves, dona Vidinha, plantou um girassol no canteiro da avenida e reforçou o pedido por paz no trânsito.

“Estamos fazendo essa homenagem a Geovanna e pedindo para as pessoas terem consciência de não utilizarem o celular no trânsito, mas também de terem cuidado com a velocidade. Se não fosse por isso, Geovanna não teria sido jogada longe e nem o carro tinha passado por cima dela. Quando eu digo isso, não me sinto muito bem. Mas é preciso ter esta consciência”, lamentou a mãe da professora.

Aluna de balé de Geovanna, Jeise Carvalho, 22, se tornou professora por causa dela. A gratidão também veio em forma de uma flor plantada no canteiro. “Comecei com ela no Projeto Pracatum até ir para a Ebateca. Foram cinco anos. Ela não era só professora. Era amiga, uma mãe pra mim. Sempre me disse para nunca desistir dos meus sonhos. Se hoje eu sou monitora na Ebateca, tudo que eu aprendi foi ela que me ensinou”.