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Carmen Vasconcelos
Publicado em 17 de setembro de 2017 às 20:36
- Atualizado há 2 anos
Trocar experiências, encontrar um momento de diversão familiar, possibilitar a socialização das crianças, criar uma rede de apoio para os pais e mães, conhecer mais sobre as etapas do desenvolvimento infantil. Esses foram alguns dos objetivos alcançados durante as oficinas da Dança Materna, realizadas na Caixa Cultural (Rua Carlos Gomes) nesse final de semana para famílias com bebês de colo e engatinhantes - até três anos. Quem perdeu a oportunidade, poderá ainda aproveitar as novas edições que serão oferecidas, gratuitamente, no mesmo local, nos dias 22 e 29 de outubro.
Maria Angélica Ferreira esteve com Fabrício Ferreira e o pequeno Antônio, de apenas 40 dias, buscando aprender um pouco mais sobre o período tão delicado na vida dos pequenos e de pais de primeira viagem. “Não existe um manual sobre como ser mãe ou pai, então, esse é um momento muito importante para conhecer outras famílias nessa mesma situação, tirar dúvidas sobre problemas comuns nessa fase, além de encontrar um suporte para os nossos receios”, conta Angélica, que soube da proposta através de uma rede social.
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Pai de duas meninas, o polonês Marek Leon diz que a vantagem da oficina reside, sobretudo, em ajudar as crianças a socializarem com outras crianças. “Sem contar que é uma experiência rica para os pais, uma vez que não temos o mesmo grau de interação que as mães têm”, comenta ele, lembrando que no seu país de origem, a participação paterna nas questões referentes à criação dos filhos é tão grande quanto a das mães.
“Infelizmente, ainda somos poucos pais integrantes dessa proposta, mas é importante ressaltar que os filhos também são nossos e isso exige uma participação maior e não apenas uma mera ajuda”, enfatiza.
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Uma das primeiras alunas do projeto, Ana Carla Moura diz que se apaixonou pela proposta e não pretende abandonar o grupo tão cedo. “Quando fiz minha primeira aula, Bernardo estava com quatro meses. Hoje, ele tem dois anos e três meses, e percebo o quanto a experiência é rica, pois, por mais que tenhamos um suporte familiar, sentimos uma solidão grande na tarefa de ser mães”, afirma, ressaltando que, atualmente, mais que professoras e alunas, estabeleceu-se uma rede de amigas e parceiras.
Responsável por trazer a Dança Materna para Salvador, a bailarina e professora Juliana Oliveira destaca que a Dança Materna é uma modalidade brasileira que já existe há uma década e foi desenvolvida pela bailarina paulista Tatiana Tardioli que, logo após ter seu bebê, se deparou com as dificuldades de não encontrar uma atividade física que pudesse ser praticada com o seu filho.“Aqui não ensinamos passos de dança, mas oferecemos a oportunidade das mães se divertirem com seus filhos”, explica. Em Salvador, a experiência chegou há três anos por motivos bem parecidos com aqueles que motivaram a proposta. “Na época, me uni com à psicóloga e doula Érika Mariana para oferecermos essa possibilidade, além de dividir experiências sobre a maternidade”, conta.
Vale salientar que além das atividades abertas e gratuitas, o projeto também oferece aulas em academias, em domicílios, em clínicas e na maternidade referência Prof. José Maria de Magalhães Netto, no bairro do Pau Miúdo. Para saber mais, acesse o site www.dancamaterna.com.br ou entre em contato pelo telefone 71 98621-8315.